EFEITOS DA FRAGMENTAÇÃO AMBIENTAL NA PREVALÊNCIA E DIVERSIDADE DE AGENTES INFECCIOSOS E PARASITÁRIOS EM AVES SILVESTRES.

Resumo: As alterações antrópicas afetam muitos aspectos do funcionamento dos ecossistemas, especialmente produtividade, estabilidade e biodiversidade. Essas alterações incluem efeitos diretos, como fragmentação de habitat, urbanização e expansão agrícola, bem como os efeitos indiretos, tais como as mudanças climáticas. A fragmentação de habitats pode ser definida como umas das mais importantes ameaças aos ecossistemas ambientais, levando a perda substancial de biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, e redução da resiliência a estressores externos. A fragmentação põe em risco a sustentabilidade ecossistêmica e tem implicações diretas nas condições de sobrevivência das populações, principalmente em países com alta biodiversidade e sérios problemas ambientais, sociais e econômicos. As mudanças ambientais são consideradas fator-chave porque podem resultar em novas interações entre vetores, hospedeiros e agentes infecciosos, aumentando o risco de contato humano com a vida selvagem, o que pode levar a uma maior exposição a zoonoses. Animais silvestres atuam como condicionantes para difusão dos fatores de risco, com possibilidades de estabelecer processos zoonóticos. Há um número crescente de pesquisas centradas nos efeitos da fragmentação ambiental sobre a dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias nas populações de animais silvestres. Dentre eles, destacam-se as aves. Aves têm o potencial de atuar como bioindicadoras, revelando o impacto das alterações ambientais e respondendo de maneira observável a perturbações antrópicas, o que as torna úteis para avaliações qualitativas ou quantitativas da qualidade ambiental e de ameaças. Populações de aves silvestres podem ser usadas como organismos modelo para pesquisar ambientes em busca de fatores que possam causar problemas de saúde pública e da vida selvagem. O uso de aves no estudo de doenças infecciosas é vantajosa porque elas representam populações naturais que podem ser estudados em ambientes com impacto humano e em florestas intocadas e inalteradas. A presente pesquisa justifica-se ao explicitar a relação entre os diferentes ambientes com a dinâmica de ocorrência de agentes infecciosos e parasitários de aves silvestres e sua possível transmissão ao homem. Este trabalho tem como objetivo geral caracterizar a prevalência e a diversidade de agentes infecciosos e parasitários em aves silvestres, confrontando ecossistemas influenciados pela fragmentação com ecossistemas preservados, e avaliar o risco de transmissão de doenças zoonóticas.

Data de início: 01/01/2021
Prazo (meses): 48

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Doutorado ROSÂNGELA APARECIDA MULLER DE BARROS
Coordenador BLIMA FUX
Vice-Coordenador CRISPIM CERUTTI JUNIOR
Acesso à informação
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