Conhecimento tradicional, atitudes e crenças relacionados com a hanseníase: avaliação do estigma e discriminação.
Resumo: Participantes: Alice Cruz (Portugal); Henke Menk (Holanda); Philippe Charlier (França).
A troca do nome da doença no Brasil, de lepra para hanseníase se deu em 1975 por iniciativa de Abraão Rotberg, dermatologista de São Paulo. Em 1995, com apoio do MORHAN e a lei federal, o nome lepra e seus derivativos foram banidos da prática clinica no Brasil. Entretanto, apensar da enorme diminuição do estigma promovido pela troca do nome da doença e melhoria na qualidade de vida das pessoas afetadas pela doença, muitas pessoas afetadas pela doença no Brasil referem forte estigma e preconceito. Em 2015, foram registrados 211.973 novos casos de DH em todo o mundo, com 33.789 novos casos na Região das Américas. A DH foi relatada em 24 países das Américas, com mais de 100 países no mundo ainda são endêmicos para esta doença. Das Américas, 94% de todos os casos na Região estavam concentrados no Brasil. Embora as sequelas incapacitantes e desfigurantes da DH sejam inteiramente evitáveis se diagnosticadas e tratadas desde cedo, o estigma social da "hanseníase" não foi totalmente dissipado e ainda tem um impacto profundamente negativo nas pessoas diagnosticadas com esta doença. Muitos fatores relacionados com crenças e desconhecimento, desinformação levam ao aumento do estigma contra a hanseníase fazendo com que muitas pessoas com quadro clínico para a doença não se apresente para esclarecimento diagnóstico com receio do preconceito relacionado à hanseníase. A associação da hanseníase com a lepra ainda está vivo na memória de muitas pessoas no Brasil o que pode ocasionar um desserviço ao processo de diminuição do estigma que vem ocorrendo no Brasil pela troca do nome da doença.
Data de início: 26/11/2019
Prazo (meses): 60
Participantes:
Papel | Nome |
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Coordenador | PATRÍCIA DUARTE DEPS |