ANÁLISE DE TRANSMISSÃO E DA DINÂMICA DE MODIFICAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Mycobacterium tuberculosis NA REGIÃO METROPOLITANA DE VITÓRIA ES EM UM INTERVALO DE 10 ANOS

Nome: RENATA LYRIO PERES NÓBREGA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/02/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
PHILIP NOEL SUFFYS Examinador Externo
REYNALDO DIETZE Suplente Interno

Páginas

Resumo: Introdução: Técnicas de tipagem molecular têm colaborado para o entendimento da dinâmica de transmissão da tuberculose (TB). Apesar de inúmeros trabalhos terem sido publicados a esse respeito, poucos estudos, no entanto, foram realizados levando-se em consideração a dinâmica de modificação dos perfis genotípicos de M. tuberculosis (Mtb) em um intervalo de tempo longo. Objetivos: Caracterizar os genótipos e identificar os fatores de risco associados com transmissão recente e tamanho de cluster de Mtb na Região Metropolitana de Vitória ES (RMV) e analisar a dinâmica de modificação dos genótipos de Mtb na Região Metropolitana de Vitória ES em intervalo de 10 anos. Métodos: Este estudo foi constituído de duas partes. Primeira parte: Estudo transversal de casos novos de TB diagnosticados na RMV, entre 2000 e 2010 para identificar fatores de risco associados à transmissão recente da TB e o tamanho do cluster de Mtb. A genotipagem dos isolados de Mtb foi realizada com base nos métodos de RFLP IS 6110, Spoligotyping e na análise de deleção RDRio. Foram realizados Modelos de regressão hierárquica polinomial para identificar os fatores associados com o tamanho do cluster. Segunda Parte: Estudo observacional para analisar a dinâmica de modificação dos genótipos de Mtb na RMV em intervalo de 10 anos (com cortes transversais nos períodos de 2000 2001 e 2011) com base nas técnicas de RFLP IS 6110 e MIRU- VNTR 24 loci tendo como fonte de dados registros laboratoriais e o SINAN. Resultados: Primeira Parte: Dentre os 959 isolados de Mtb, 461 (48%) casos pertenciam a um cluster. Nossos modelos de regressão polinomial mostraram que os isolados de Mtb pertencentes a família LAM e ao genótipo RDRio foram mais prováveis de estarem em clusters com 6-9 isolados (OR = 1,17, 95% IC 1,08 1,26; OR=1,25, 95% IC 1,14- 1,37; respectivamente) em relação aos outros grupos. Os pacientes com ≥10 isolados foram mais prováveis de pertencerem a família LAM e a família de RFLP ES14 (OR = 1,14, 95% IC 1,06 1,23; OR= 7,03, 95% IC 4,00 12,34, respectivamente). Segunda Parte: No período de 2000-2001, dentre os 329 isolados, 109 (33,2%) foram agrupados em 38 clusters enquanto, em 2011, dentre os 485 isolados de Mtb, 176 (36,2%) foram distribuídos em 39 clusters. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os períodos analisados em relação a formação de um cluster (p=0,35). A análise dos padrões gerados pelo RFLP IS 6110 identificou 8 clusters, ao quais estão mais envolvidos com transmissão recente na RMV. A correlação entre as duas técnicas de genotipagem mostrou em 2000-2001 uma concordância de 42,1%, e 42,5% em 2011. Conclusão: Esses resultados confirmam que a família LAM e o genótipo RDRio são mais encontrados em clusters com 6-9 isolados, e que a família de RFLP ES14 é o genótipo mais prevalente na RMV, sugerindo que a proporção de casos de TB em uma cidade pode ser causada por um pequeno número de genótipos circulantes dentro de uma região e que fatores relacionados ao patógeno devem ser melhor estudados para melhoria no controle da doença.
Palavras-chave: Mycobacterium tuberculosis, técnicas de genotipagem, epidemiologia molecular, dinâmica de modificação do Mtb.

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