INVESTIGAÇÃO da Expansão Geográfica da Leishmaniose Visceral Americana Por Meio de Inquérito de Infecção Canina em Áreas Receptivas no Estado do Espírito Santo, Brasil

Nome: SARAH PERPÉTUO DE CASTRO PIRES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/08/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALOÍSIO FALQUETO Orientador
BLIMA FUX Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALOÍSIO FALQUETO Orientador
ANA PAULA FERREIRA NUNES Suplente Interno
ANTONIO TEVA Examinador Externo
BLIMA FUX Coorientador
CRISPIM CERUTTI JUNIOR Examinador Interno

Páginas

Resumo: A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública que está presente em 65 países, sendo relatados cerca de 500 mil novos casos anualmente. A expansão geográfica da doença e sua urbanização têm sido relatadas em vários países, inclusive no Brasil. A partir da década de 80, ocorreu de forma mais intensa, a urbanização da leishmaniose visceral americana (LVA) aliada em conjunto a adaptação do vetor Lutzomyia longipalpis, acometendo grandes centros urbanos. A presença do L. longipalpis no Espírito Santo está associada a um conjunto de características geoclimáticas que define as áreas propícias à reprodução e sobrevivência do vetor. A definição destas variáveis, juntamente a um levantamento entomológico dirigido, possibilitou mapear as áreas receptivas à ocorrência da LVA no estado. Em continuidade às ações de vigilância e a fim de verificar indícios de expansão geográfica da doença, foi realizado um inquérito amostral no
reservatório canino, nas áreas receptivas dos municípios de João Neiva, Afonso Cláudio, Rio Bananal, Vila Pavão, Mantenópolis e Santa Teresa. O teste rápido DPP® LVC foi adotado como triagem sorológica e o ensaio de ELISA LVC® como método confirmatório, ambos da BioManguinhos. Foram investigados 215 cães, sendo que 91,16% dos animais eram nativos das respectivas áreas avaliadas e 92,10% apresentaram-se assintomáticos. Quanto às análises sorológicas, 213 cães apresentaram resultado não reagente na triagem pelo teste rápido DPP®LVC. No entanto, as duas amostras soro reagentes na triagem revelaram resultado negativo pelo método de ELISA. Portanto, não foi evidenciada a presença ou vestígio de infecção passada por Leishmania infantum chagasi. As áreas receptivas estudadas são localidades rurais que estão fora dos corredores de migração do estado, apesar de serem limítrofes a municípios endêmicos. Os grandes centros urbanos do estado não possuem as características geoclimáticas propícias à
ocorrência do vetor da LVA. Assim, no Espírito Santo a expansão geográfica da doença se limitou a áreas rurais, em passado recente, enquanto que, em outros estados brasileiros houve uma intensa urbanização da doença. O monitoramento do reservatório canino deve ser contínuo nos municípios com transmissão da doença, bem como nas áreas receptivas à ocorrência da LVA. O levantamento da fauna flebotomínica e o mapeamento das áreas de risco de transmissão
devem ser realizados previamente ao monitoramento do reservatório canino. Palavras-chave: Leishmaniose visceral americana, expansão geográfica, Lutzomyia longipalpis,reservatório canino, Espírito Santo.

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