ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE HANSENÍASE E DIABETES MELLITUS EM POPULAÇÃO HIPERENDÊMICA.

Nome: LEONARDO MELLO FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/08/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RODRIGO RIBEIRO RODRIGUES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALOÍSIO FALQUETO Suplente Interno
CARMEN DOLORES GONÇALVES BRANDÃO Suplente Externo
MARIA LEIDE WAND DEL REY DE OLIVEIRA Examinador Externo
MOISES PALACI Examinador Interno
RODRIGO RIBEIRO RODRIGUES Orientador

Resumo: Introdução: Os municípios de Linhares e Sooretama, norte do estado do Espírito Santo (ES), estão contidos no cluster de hanseníase n° 4. A incidência da diabetes mellitus vem aumentando exponencialmente, o que pode impactar no desenvolvimento da micobacteriose. Objetivos: Geral: Estudar a associação entre hanseníase e diabetes mellitus. Secundários: 1) Descrever as variáveis clínico- epidemiológicas; 2) Comparar o grau de incapacidade entre pacientes com e sem diabetes mellitus. Metodologia: Estudo caso-controle onde os casos (indivíduos com hanseníase) foram submetidos à avaliação de nervos periféricos, baciloscopia de raspado intradérmico e biópsia com estudo histopatológico de lesão cutânea e casos e controles (pais e filhos de pacientes multibacilares) à avaliação dermatológica e exames de sangue para pesquisa de diabetes mellitus. A associação entre hanseníase e diabetes mellitus foi avaliada pelo OR, com p≤0,05 e IC 95%, teste qui-quadrado e regressão logística. A associação entre grau de incapacidade e diabetes mellitus foi avaliada pelo teste qui-quadrado. Resultados: Dentre os 78 casos, quanto ao sexo: 61,5% eram homens e dentre os 78 controles, 44,8%. A idade média dos casos foi de 44 anos e três meses e entre os controles, 33 anos. Cinco casos apresentaram a forma indeterminada, 26 a tuberculóide, 14 a dimorfa-tuberculóide, nove a dimorfa- dimorfa, 13 a dimorfa-virchowiana e 11 a virchowiana. Dez casos apresentavam reação e 26 grau de incapacidade I ou II. Catorze casos (17,9%) e um controle (1,28%) tinham diabetes mellitus (OR 16,84; IC 95% 2,15-131,58). O teste qui- quadrado com correção de Yates foi de 10,62 (p=0,001). Na regressão logística as variáveis diabetes mellitus, sexo e idade estavam associados à hanseníase de forma independente entre si. Grau de incapacidade I ou II esteve associada à diabetes mellitus, com teste qui-quadrado com correção de Yates de 5,75 (p=0,016). Conclusões: A diabetes mellitus foi estatisticamente associada à hanseníase. Os dados sobre: sexo, idade e grau de incapacidade foram compatíveis com a literatura. A freqüência da hanseníase indeterminada foi inferior e da dimorfa foi superior ao encontrado no ES em 2011 e a incapacidade física foi estatisticamente associada à diabetes mellitus.

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