Avaliação da relação DA densidade de vetores E DA presença de A. aegypti infectados COM a ocorrência de dengue na cidade de Vitória
Nome: MARIELA PIRES CABRAL PICCIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2013
Banca:
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Papel |
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ELENICE MOREIRA LEMOS | Orientador |
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL | Examinador Interno |
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA | Suplente Interno |
REGINA DE PINHO KELLER | Suplente Externo |
RICARDO TRISTÃO SÁ | Examinador Externo |
Resumo: A dengue é uma doença febril aguda causada pelo DENV, o qual agrupa quatro sorotipos distintos. Sua transmissão se dá pela picada de fêmeas de mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti o principal vetor de importância epidemiológica. O controle do vetor e a vigilância epidemiológica são as principais ferramentas para a contenção de novas epidemias. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação entre densidade de vetores e presença de A. aegypti infectados com a ocorrência de dengue em Vitória, durante a epidemia de 2011. Para isso, foram analisados casos confirmados laboratorialmente e notificados no SINAN, bem como os dados fornecidos pelo programa MI DENGUE. Para a identificação dos sorotipos circulantes, foram realizados ensaios de RT PCR tanto com amostras de soro humano quanto com amostras de A. aegypti capturados na cidade. Foi também realizado o geoprocessamento, por bairro, dos casos humanos, da densidade de vetores e das armadilhas contendo A. aegypti infectados. Os resultados mostraram uma ligeira predominância do sexo feminino na amostra analisada e que 64,18% dos casos ocorreram em pessoas acima de 18 anos. A maioria dos casos de dengue observados foi classificada como dengue clássica, enquanto cerca 10% foram classificados como dengue grave. Em 8,23% dos casos houve a ocorrência de internação e dois óbitos foram contabilizados durante o período. Por meio da análise temporal, foi visto que o aumento da densidade de vetores ocorreu nas épocas mais quentes e chuvosas, e precedia o aumento do número de casos humanos. Não foi encontrada correlação entre a densidade de vetores e a incidência de dengue nos bairros, porém foi visto que os bairros onde foram encontrados mosquitos infectados possuíam maior incidência de dengue que os bairros sem mosquitos infectados. O principal sorotipo circulante em Vitória, em 2011, foi o DENV-1 seguido pelo o DENV-2. Portanto, este estudo demonstra que, tão importante quanto monitorar a densidade de vetores, é investigar a presença de vetores infectados nas cidades com o objetivo de predizer possíveis epidemias de dengue.
Palavra chave: Dengue. Aedes aegypti. Sorotipos. Características epidemiológicas. Geoprocessamento. Vitória.