Marcadores Sorológicos de Vírus de Transmissão Parenteral (Vírus da Hepatite B, Hepatite C e da Imunodeficiência Humana) em Cadáveres no Serviço de Necropsias do Departamento de Medicina Legal em Vitória, ES.

Nome: ROBSON DETTMANN JARSKE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/08/2012
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
CARLOS MUSSO Coorientador
MARIA CARMEN LOPES FERRIRA SILVA SANTOS Examinador Externo
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Examinador Interno
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador
PAULO ROBERTO MERÇON DE VARGAS Suplente Externo

Resumo: Introdução. Manipulação de material biológico originado de necropsias é fator de risco para infecção com microorganismos de transmissão parenteral. Esse risco aumenta para os necroscopistas e médicos legistas que necessitam às vezes fazer dissecções manuais para a retirada de projetis de arma de fogo o que aumenta o risco de acidente com fragmentos de ossos ou do próprio projetil. É demonstrado que os vírus da imunodeficiência humana (HIV), da hepatite B (VHB) e da hepatite C (VHC) permanecem viáveis por variáveis períodos após a morte. Objetivos. Pesquisar o HIV, VHB e VHC no sangue de cadáveres necropsiados no Departamento Médico Legal de Vitória/ES. Métodos. Foi retirado sangue da veia subclávia ou das cavidades cardíacas de 338 cadáveres necropsiados com menos de 24 horas de óbito. Após centrifugação, o soro foi armazenado a -20º C. Foram utilizados testes rápidos para pesquisa do HIV (Rapid Check HIV 1 e 2® NDI Núcleo de Doenças Infecciosas/UFES), VHB (Imuno-Rápido HBsAg®, WAMA Diagnostica) e VHC (HCV rapid test Bioeasy®, Bioeasy Diagnostica LTDA). Todos os casos positivos foram confirmados pelo método de Imunoensaio Quimioluminescente por Micropartículas CMIA Architect® (Abbott Laboratories USA). Foram anotados a idade aparente, o gênero, a raça/cor, a causa do óbito e a presença de tatuagens em cada corpo necropsiado. Resultados: Dos 338 soros examinados, 17 (5,02%) foram positivos para um dos vírus investigados, sendo sete (2,1%) positivos para HIV, sete (2,1%) para VHC e três (0,9%) para VHB. Não houve nenhum caso com reação positiva para mais de um vírus concomitantemente. Conclusão: Comprovou-se o risco de contágio com os vírus pesquisados na realização das necropsias, o que reforça a necessidade do uso de medidas de segurança e de métodos auxiliares como os radiológicos, reduzindo a necessidade de dissecção manual na procura e recuperação de projetis de arma de fogo.

Palavras-chave: Necropsia; HIV; Hepatite B; Hepatite C; medicina legal.

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