Análise do Tratamento da Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis na Faixa Etária de 0 a 15 Anos nos Programas de Referências para Tuberculose nos Municípios da Grande Vitória-ES, Brasil.

Nome: SANDRA MARY JARDIM GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Examinador Interno
DAVID JAMIL HADAD Suplente Externo
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL Orientador
ROSANA ALVES Examinador Externo

Resumo: Para o controle da Tuberculose (TB) uma das medidas utilizadas no Brasil é o tratamento da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB), que é feita nos Programas de Controle de TB (PCT). A evolução da infecção para a doença durante a vida é estimada em 5-10% em relação a um adulto imunocompetente, porém, na criança estima-se 43%, portanto, conhecer o tratamento da ILTB na infância serve de parâmetro para se avaliar o controle de contatos dos doentes. Esta medida já está estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS). Esta pesquisa foi um estudo observacional, analítico, que objetivou analisar o perfil epidemiológico e os fatores relacionados ao abandono do tratamento da ILTB. Foram analisados os indivíduos até 15 anos de idade que estavam em tratamento para ILTB, nos PCT dos municípios prioritários da Grande Vitória, Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica, que são os locais que utilizaram a ficha de notificação de quimioprofilaxia. A ficha foi utilizada como instrumento de coleta dos dados. O período pesquisado foi de julho de 2009 a agosto de 2010. Foram encontrados 144 indivíduos em tratamento para ILTB, sendo 140, a maioria, a indicação foi de serem contatos de TB, 46 (31,94%) abandonaram o tratamento, e 98 (68,06%) concluíram o tratamento, ao se comparar com os grupos que abandonaram e que concluíram o tratamento. A maioria dos indivíduos era contato de TB, e quando foi analisada a situação da baciloscopia (BAAR) do caso índice do contato, a maioria tanto do grupo que abandonou, quanto do grupo que concluiu o tratamento, 91,11% e 84,21%, respectivamente, eram positivos, sem significância estatística na comparação dos grupos. Quanto ao tipo de contato, o domiciliar foi o mais frequente, e também entre os dois grupos, tanto os que abandonaram quanto os que concluíram, totalizaram 80% e 84,21%, respectivamente, seguidos de outros, que foram os tios, avós, que moravam próximos. As crianças e adolescentes avaliados tinham na sua maioria cicatriz da vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) presentes, pratica comum no nosso país e tinha na sua maioria o Rx de tórax normal, resultado mais esperado no diagnóstico da ILTB. Analisou-se também se indivíduos adolescentes, ou seja, com 10 anos ou mais de idade, apresentaram mais chance de abandonar o tratamento da ILTB, em relação às crianças com menos de 10 anos de idade, pois as mesmas necessitam ajuda dos seus cuidadores para uso da medicação, na maioria das vezes, porém, a maioria de ambos os grupos, concluíram o tratamento, adolescentes 75% e crianças 64,13%, sem significado estatístico. Este estudo reforça a necessidade do controle dos contatos dos doentes da TB, identificando prioritariamente as crianças e adolescentes e desenvolvendo estratégias para a adesão ao tratamento da ILTB. O estudo também pode estimular a melhoria do sistema de notificação dos casos de tratamento da ILTB, já que, apesar da orientação do MS, a sua implantação ainda não foi padronizada.
Palavras chaves: Infecção latente; crianças; adolescentes; abandono; adesão.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105