PREVALENCIA DE INFECÇÃO URINÁRIA EM PARTURIENTES ATENDIDAS EM MATERNIDADE DE ALTO RISCO NO MUNICIPIO DA SERRA, ES.
Nome: ANA RAQUEL FARRANHA SANTANA DALTRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 19/08/2011
Orientador:
Nome | Papel |
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ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA | Orientador |
ETHEL LEONOR NOIA MACIEL | Examinador Interno |
ANTÔNIO CHAMBÔ FILHO | Examinador Externo |
CRISPIM CERUTTI JUNIOR | Coorientador |
Resumo: Introdução: A Infecção urinária na gravidez tem incidência de cerca de 2 a 10%. No ciclo gravídico ela pode causar parto pré-termo, amniorrexe prematura, recém nascidos de baixo peso, restrição do crescimento intra uterino, altas taxas de mortalidade perinatal, anemia materna, sepse materna e neonatal, hipertensão arterial e insuficiência renal.
Objetivos: Descrever a freqüência da infecção do trato urinário, identificar agentes etiológicos e descrever fatores de risco para infecção em parturientes atendidas em maternidade de alto risco em Serra, Espírito Santo.
Metodologia: Estudo de corte transversal em amostra quantitativa de parturientes internadas na maternidade do Hospital Dr Dório Silva, no período de março de 2010 a fevereiro de 2011. As informações utilizadas no estudo foram obtidas por meio de uma entrevista face-a-face contendo dados sócio-demográficos, epidemiológicos e clínicos, tais como: idade, escolaridade, estado civil, residência, profissão, número de gestações e abortos, tipo de parto, idade gestacional, e história anterior de infecção urinária.Foi coletada uma amostra de urina para realização de exame de urina tipo 1, urocultura e teste de sensibilidade ao antibiótico. Foi realizada análise estatística descritiva. As possíveis associações entre infecção do trato urinário e variáveis independentes foram testadas por meio de testes de qui-quadrado com correção de Yates ou teste Exato de Fisher. OddsRatio e intervalos de confiança foram calculados e análise multivariada de regressão logística foi utilizada.
Resultados Do total de 324 gestantes selecionadas, 305 (94,1%) participaram do estudo. A prevalência de ITU foi 15,1% (IC95% 11,0%-19,1%). A mediana de idade foi 25 anos (DIQ 20; 30) e a de escolaridade foi 9 anos (DIQ 7; 11). Cinqüenta e nove parturientes (19,0%) tinham menos de 20 anos, 28 (9,2%) tinham até 4 anos de estudo, 255 (83,6%) eram casadas e em 155 (50,8%) a renda familiar era menor do que dois salários mínimos.Cento e vinte cinco (41,0%) eram primigestas, 173 (56,9%) tinham menos de 35 semanas de gestação no momento da internação e 75 (24,6%) tiveram recém-nascidos de baixo peso. Entre as morbidades descritas, 14,1% tinham Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) e 6,2% diabetes. Entre os 46 casos de infecção urinária, o EAS estava alterado em 26 casos, apresentando-se 23 exames com piúria. Quatro exames apresentavam nitrito positivo e 26 exames apresentavam flora bacteriana aumentada. O agente isolado mais freqüentemente na cultura foi a Escherichia coli (52%), seguida de Klebsiella (15,2%).
Conclusão: A freqüência de infecção do trato urinário em parturientes atendidas em maternidade de alto risco em Serra foi alta. Esses resultados corroboram a importância do rastreamento da ITU na gestação a fim de evitar complicações no ciclo gravídico -puerperal.
Palavras-chaves: ITU; Gestante; Prevalência; Alto risco.