Diagnóstico do Strongyloides Stercolaris através da análise de sedimento obtido a partir de dez ou mais gramas de fezes: Proposta de um método com uso de microscópio invertido.

Nome: ELISA RABELLO LAIGNIER
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/03/2011
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador
NAFTALE KATZ Examinador Externo
NARCISA IMACULADA BRANT MOREIRA Examinador Interno
REYNALDO DIETZE Suplente Interno

Resumo: Introdução. Os métodos de Baermann-Moraes e Koga ágar, são os mais sensíveis para identificação de larvas de Strongyloides stercoralis nas fezes, mas exigem que as mesmas sejam frescas com larvas vivas. Neste trabalho, apresentamos um método de sedimentação simples, que permite avaliar uma grande amostra de fezes, com exame de todo o sedimento obtido, utilizando microscópio invertido. Objetivos. Desenvolver e avaliar uma metodologia de diagnóstico de larvas de S. stercoralis a partir da sedimentação espontânea de fezes, examinando todo o sedimento ao microscópio invertido e comparar a metodologia proposta com o método de Hoffman, Pons e Janer e com o método de Baermann-Moraes, considerado de alta sensibilidade para diagnóstico de larvas de S. stercoralis. Material e Métodos. Para avaliar a eficácia da técnica proposta, foram realizadas duas observações experimentais: (a) utilização da técnica em laboratório de rotina que realizava os exames coproparasitólogicos pelo método de Hoffman, Pons & Janer; (b) realização simultânea, na mesma amostra, do método proposto e do método de Baermann-Moraes, para comparação. Para a primeira observação, foram utilizados os laboratório de rotina do Hospital Cassiano Antônio de Moraes HUCAM - e o Hospital Fundação Concórdia, de Santa Maria de Jetibá. Foram examinadas 221 amostras de fezes de pacientes atendidos nos ambulatórios do HUCAM ou internados nas enfermarias, sem qualquer tipo de escolha, que também foram rotineiramente examinadas pelo método de sedimentação (HPJ). No Hospital Fundação Concórdia em Santa Maria de Jetibá, foram avaliadas simultaneamente 102 amostras consecutivas de pacientes atendidos nos ambulatórios da fundação. Para a segunda observação, foram analisadas 112 amostras pelo método do microscópio invertido e pelo Baermann-Moraes. As amostras foram pesadas e homogeneizadas com água corrente e bastão de vidro, no próprio recipiente e em seguida tamisadas em gaze em um cálice de sedimentação de 250 ml. Após uma hora, as amostras foram lavadas, com água corrente e sedimentadas mais uma hora. O sedimento (aproximadamente 15 ml), acrescido de duas a três gotas de lugol, foi colocado em uma câmara de vidro de 12x8x0,5 cm, coberta com lâmina de vidro com mesma superfície e examinada em microscópio invertido, com objetivas de 4X e 10X. Toda a câmara foi analisada, sendo contadas as larvas encontradas. Resultados. Das 221 amostras analisadas no Laboratório do HUCAM, larvas de S. stercoralis foram identificadas em 20 (9,05%) dos casos, dos quais o HPJ só identificou 9 (4,07%). Das 102 do Hospital Fundação Concórdia, onde a identificação de larvas nos seis meses anteriores não passou de 1,5%, 10 amostras foram positivas pelo exame do sedimento no microscópio invertido (9,9%). Das 112 amostras utilizadas para comparação com o Baermann-Moraes, 11 amostras foram positivas no exame do sedimento ao microscópio invertido e todas foram também positivas no método de Baermann-Moraes. O método é simples, com as seguintes vantagens: (a) todo o sedimento obtido é examinado de uma só vez, permitindo identificar todas as larvas nele existentes; (b) como a quantidade de fezes examinada é grande (maior do que as 8 a 10g do Baermann-Moraes e os 2 a 4g do Koga ágar), a probabilidade de encontrar larvas aumenta, mesmo em casos com baixa carga parasitária; e (c) permite a identificação de larvas mortas, ao contrário dos métodos de Baermann-Moraes e do Koga Ágar, podendo, portanto ser aplicado em fezes preservadas com fixadores como formol tamponado ou MIF.
PALAVRAS-CHAVE: Diagnóstico de Strongyloides stercoralis,

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