Ocorrência de C. tropicals no HUCAM Estudo de sua suscetibilidade a antifúngicos com proposta de métodos modificados para aprimoramento dos testes in vitro.

Nome: BRUNA MALACARNE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/12/2010

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LILIANA CRUZ SPANO Examinador Interno
MARCOS ERENO AULER Examinador Externo
MARICELI LAMAS DE ARAÚJO Orientador
MOISES PALACI Suplente Interno

Resumo: RESUMO: A frequência de candidemia tem aumentado nas últimas décadas, com crescente ocorrência de espécies não-albicans. Candida tropicalis representa, em geral, a espécie não-albicans mais freqüente no Brasil e pode apresentar crescimento tipo trailing nos testes de microdiluição em caldo, frente a drogas azólicas, o que dificulta e confunde a leitura dos valores de CIM. Os objetivos do presente trabalho foram avaliar a ocorrência de candidemia causada por C. tropicalis no HUCAM e seu perfil de suscetibilidade a fluconazol, itraconazol e anfotericina B, conforme metodologia de referência M27-A3 (CLSI, 2008), propor modificações deste teste, além de avaliar a influência de diferentes períodos de incubação e formas de leitura. Isolados de Candida tropicalis foram selecionados, através da realização de teste de suscetibilidade de acordo com M27-A3, e submetidos aos testes modificados, como a incubação na temperatura de 42°C, a adição de TSA ou a adição do composto colorimétrico resazurina. Os resultados obtidos nos testes modificados foram avaliados através da determinação das concordâncias categóricas e essenciais com o teste padrão. Os resultados mostraram que no período de 2006 a 2009, a frequência de candidemia no HUCAM variou de 1,21 a 1,65 casos/1.000 admissões hospitalares e de 0,16 a 0,25 casos/1.000 pacientes-dia. C. albicans representou 45% na etiologia dos episódios, seguida por C. tropicalis (26%), C. parapsilosis (14%), C. glabrata (10%) e outras (C. krusei, C. guilliermondii e C. lusitaniae). Os maiores percentuais de resistência a fluconazol e a itraconazol ocorreram com 48 horas de incubação, em relação ao período de 24 horas (26% versus 5% e 17% versus 1,2%, respectivamente). 28,05% dos isolados apresentaram crescimento tipo trailing para uma ou para as duas drogas testadas. As concordâncias categóricas e essenciais dos testes modificados, em relação à metodologia padrão, variaram de 70 a 87%, com 24 horas de incubação e para ambas a drogas. Com 48 horas de incubação, as modificações introduzidas (incubação a 42ºC e adição de TSA) propiciaram menores percentagens de concordâncias categóricas e essenciais que o método com adição de resazurina. A incubação a 42°C correlacionou com as melhores concordâncias entre as formas de leitura visual e espectrofotométrica, em comparação com o método padrão. Diferentes perfis de crescimento tipo trailing foram observados, sendo que os três métodos modificados foram eficazes em reduzir este fenômeno com 24 horas de incubação, mas apenas os métodos a 42ºC e com TSA foram capazes de reduzir o trailing com 48 horas de incubação. A análise de prontuários médicos permitiu verificar que isolado com crescimento tipo trailing apresentou resposta terapêutica satisfatória ao fluconazol e que isolado que permaneceu resistente nos testes modificados não respondeu a tratamento com fluconazol, in vivo.
PALAVRAS CHAVES: Candida tropicalis, Candidemia; Teste de suscetibilidade

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