Fungos associados as onicomicoses: Prevalência e suscetibilidade às drogas antifúngicas.

Nome: SIMONE BRAVIM MAIFREDE
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/03/2009

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA MARIA LEITE MAFFEI Examinador Externo
ELENICE MOREIRA LEMOS Examinador Interno
MARICELI LAMAS DE ARAÚJO Orientador

Resumo: INTRODUÇÃO: Onicomicose é a infecção da unha causada por amplo espectro de espécies fúngicas, incluindo leveduras e fungos filamentosos dermatófitos e não-dermatófitos. Nem sempre é possível definir a etiologia da infecção fúngica com base somente nas características clínicas das lesões e, devido à variável suscetibilidade dos diversos agentes etiológicos às drogas antifúngicas, o diagnóstico laboratorial vem sendo considerado uma ferramenta extremamente importante para se estabelecer a etiologia e auxiliar na escolha do tratamento da onicomicose. Com base na elevada porcentagem de falha terapêutica no tratamento da onicomicose, tem-se evidenciado o interesse na padronização de testes de suscetibilidade in vitro de fungos filamentosos, patógenos freqüentemente envolvidos na etiologia das onicomicoses, a drogas antifúngicas. OBJETIVOS: Estabelecer a prevalência das onicomicoses em relação a outras dermatomicoses; definir a etiologia das onicomicoses através do isolamento e identificação dos fungos; comparar o padrão de suscetibilidade entre fungos dermatófitos e não-dermatófitos às drogas fluconazol, cetoconazol, itraconazol, miconazol, ciclopirox, terbinafina e griseofulvina. MÉTODOS: As amostras clínicas foram colhidas através de raspagem e/ou fragmentação da unha e o exame microscópico direto foi realizado através do tratamento destas amostras com hidróxido de potássio (KOH) a 20% e tinta Parker. As culturas foram realizadas nos meios de ágar Sabouraud dextrose adicionado de 0,05 mg.mL-1 de cloranfenicol e ágar Mycoselâ, incubados à temperatura ambiente e por um período de até 15 dias. A identificação dos fungos filamentosos foi baseada na observação de suas características macroscópicas e microscópicas e os testes de suscetibilidade in vitro às drogas antifúngicas foram baseados no Documento M38-A do CLSI. RESULTADOS: O diagnóstico laboratorial das dermatomicoses foi estabelecido em 69% dos 1.008 pacientes com lesões sugestivas de dermatomicoses encaminhados ao Laboratório de Diagnóstico Micológico do Depto. de Patologia / UFES, no período de 12/03/2004 a 14/08/2008. Onicomicose foi diagnosticada em 333 pacientes e os grupos de fungos mais isolados foram: leveduras 55,6%, fungos filamentosos não-dermatófitos 27,2% e dermatófitos 17,3%. Fungos dermatófitos foram mais inibidos in vitro que fungos não-dermatófitos. As drogas fluconazol e griseofulvina inibiram apenas fungos dermatófitos enquanto que ciclopirox foi a droga que mais inibiu os dois grupos de fungos e em baixas concentrações. A quantificação do inóculo por contagem em hemocitômetro e em placas de agar Sabouraud revelou que o acerto do inóculo em espectrofotômetro pode ter uma boa correspondência se estabelecido em faixas de transmitância diferenciadas para os diversos tipos de fungos. CONCLUSÃO: É necessário estabelecer o diagnóstico laboratorial das onicomicoses, já que estas podem ser causadas por diversos agentes etiológicos e com diferentes suscetibilidades in vitro a várias drogas antifúngicas.
PALAVRAS-CHAVES: onicomicose. dermatófitos. fungos filamentosos não-dermatófitos. teste de suscetibilidade. drogas antifúngicas.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105