Estudo de Prevalência e Incidência de Sorologia Positiva para Toxocara em Escolares da Primeria Série do Ensino Fundamental do Município de Vitória-ES.

Nome: ROBERTA PARANHOS FRAGOSO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 13/07/2006
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CRISTINA MIUKI ABE JACOB Examinador Externo
ELENICE MOREIRA LEMOS Examinador Interno
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador

Resumo: Introdução. Alta prevalência de anticorpos anti-Toxocara (Ac anti-T) tem sido relatada em crianças internadas em Hospital pediátrico de Vitória, mas nenhuma observação foi feita em amostra de crianças saudáveis. Objetivos. Verificar a prevalência e a incidência anual da infecção pelo Toxocara, pela pesquisa de Ac anti-T em escolares (7-9anos), investigar fatores associados e realizar exame físico, incluindo o oftalmológico, contagem dos eosinófilos no sangue periférico e exame parasitológico de fezes. Métodos. 394 escolares (primeira série em oito escolas localizadas em bairros de baixa renda) foram submetidos a um teste ELISA IgG para Toxocara (Toxocara IgG CELISA, Cellabs Pty Ltda. Brookvale, Austrália) . Um ano após, os que apresentavam DO < 0,250, foram novamente testados para Ac anti-T .Exame parasitológico de fezes e hemograma foram realizados em laboratório de rotina da Prefeitura de Vitória. Foi aplicado um questionário para informações sobre hábitos e condições de vida. O exame oftalmológico incluiu o exame de fundo de olho e quando necessário a retinografia. Resultados: Das 391 amostras, 202 (51,6%) tiveram densidades ópticas acima de 0,500 (considerada positiva para infecção com Toxocara), sem diferença entre sexos. Das 92 crianças com a sorologia negativa, 18 (19,5%) tiveram a reação positiva no ano seguinte. Pelo menos um helminto intestinal foi identificado em 68/308 (22%) crianças, sem diferença entre sexos. Não houve diferença na freqüência de Ac anti-T em crianças com ou sem helminto intestinal. Eosinofilia (>400 eosinófilos/mm3) foi observada em 181/394 (45,9%) crianças, maior nas crianças com sorologia positiva associada ou não à presença de helminto intestinal. Possuir cão, renda familiar < 2 salários mínimos, onicofagia e beber água sem filtrar se correlacionaram com Ac anti-T. Não havia manifestação em nenhuma das crianças com sorologia positiva e apenas duas (1,2%; 2/171,) tinham lesões oculares compatíveis com Larva Migrans Ocular. Conclusão: Confirma-se ser alta a prevalência e demonstra-se ser alta a incidência anual da infecção pelo Toxocara em crianças de baixa renda em Vitória. Possuir cão, renda familiar <2 salários, onicofagia e beber água sem filtrar foram significativamente associados a Ac anti-T. A ausência de manifestações clínicas e a baixa freqüência de lesões oculares indicam que a infecção pelo Toxocara ou é benigna e assintomática ou os resultados positivos da sorologia se devem, na sua maioria, às reações cruzadas com helmintos intestinais.
Palavras chaves: Toxocara. Helmintos intestinais. Larva migrans ocular. Larva migrans visceral. Epidemiologia. Incidência.

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