Aprimoramento do Método de Inativação e Extração do Material Genético do SARS-CoV-2

Nome: JULIANA TEIXEIRA DUTRA FRAGA SPOSITO

Data de publicação: 25/02/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS GRAEFF TEIXEIRA Examinador Interno
MARIANE VEDOVATTI MONFARDINI SAGRILLO Examinador Externo
SANDRA LUCIA VENTORIN VON ZEIDLER Examinador Externo
VINÍCIUS SANTANA NUNES Examinador Externo

Resumo: Durante a pandemia, a necessidade de um diagnóstico rápido e preciso tornou-se um grande desafio devido à alta demanda por testes, sobrecarregando laboratórios e dificultando a contenção do vírus. O SARS-CoV-2, identificado em dezembro de 2019, rapidamente se espalhou globalmente, exigindo métodos eficazes para sua detecção. O diagnóstico molecular, realizado predominantemente por RT-PCR, é considerado o padrão-ouro, mas depende da qualidade da extração do RNA viral, um processo crítico para a sensibilidade do teste. No entanto, essa técnica enfrenta desafios significativos, como a necessidade de profissionais qualificados, custos elevados e limitações associadas à coleta e armazenamento das amostras.
Este estudo teve como objetivo aprimorar o método de extração do RNA viral do SARS-CoV-2 por meio da inativação térmica e otimizar o diagnóstico molecular. Foram analisadas amostras de secreção nasofaríngea, submetidas a diferentes condições de armazenamento e processamento. Os resultados indicaram que amostras previamente congeladas necessitaram de menos ciclos para amplificação por RT-PCR, sugerindo melhor conservação do RNA viral. Além disso, a inativação térmica a 95°C sem extração por kits comerciais demonstrou eficácia, reduzindo o tempo no processo do diagnóstico. A agitação das amostras e o uso de Proteinase K também influenciaram a eficiência da amplificação, destacando a importância desses fatores na padronização do protocolo laboratorial.
A avaliação do impacto do tempo de armazenamento revelou que amostras mantidas por períodos prolongados demandaram maior número de ciclos para amplificação, podendo comprometer a detecção do vírus em determinadas situações. A combinação da inativação térmica com Proteinase K demonstrou ser uma estratégia promissora para manter a integridade do RNA e garantir um diagnóstico confiável. Esses achados reforçam a necessidade de otimizar os protocolos laboratoriais, considerando tanto a estabilidade do material genético quanto a viabilidade operacional em cenários de alta demanda.
A implementação dessas técnicas pode beneficiar laboratórios de diferentes contextos, especialmente aqueles com infraestrutura limitada para extração convencional de RNA. Além disso, a otimização do processamento das amostras pode contribuir para respostas mais ágeis em surtos e pandemias, garantindo maior acessibilidade ao diagnóstico molecular. Dessa forma, este estudo oferece uma contribuição relevante para o aprimoramento das estratégias de detecção do SARS-CoV-2, com potencial impacto na vigilância epidemiológica e no controle de doenças infecciosas.

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