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ANÁLISE DA RETENÇÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL DE PESSOAS VIVENDO COM HIV E FATORES ASSOCIADOS NO BRASIL DE 2014 A 2022

Nome: MARCELO ARAÚJO DE FREITAS

Data de publicação: 26/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA ROBERTA PASCOM Coorientador
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Presidente
CARLOS GRAEFF TEIXEIRA Examinador Interno
CRISPIM CERUTTI JUNIOR Examinador Interno
FABIO CALDAS MESQUITA Examinador Externo

Páginas

Resumo: INTRODUÇÃO: A retenção à terapia antirretroviral (TARV) é fundamental para o
controle do HIV/AIDS e a redução das taxas de mortalidade. No Brasil, embora a TARV
seja amplamente acessível, ainda existem desafios na manutenção dos indivíduos em
tratamento ao longo do tempo. Este estudo teve como objetivo analisar as tendências de
retenção à TARV de 2014 a 2022 no país. METODOLOGIA: Este estudo populacional
utilizou bases nacionais de dispensação de antirretrovirais do Ministério da Saúde para
avaliar as proporções de pessoas retidas em 6, 12, 24, 36, 48 e 60 meses após o início do
tratamento. A análise incluiu indivíduos com 15 anos ou mais, definindo retenção como
um atraso na dispensação do medicamento não superior a 28 dias. Foi realizada
adicionalmente uma análise multivariada para a retenção de 60 meses no ano de 2022.
RESULTADOS: O estudo analisou mais de 3,4 milhões de dispensações de ARV,
revelando que as proporções de pessoas retidas diminuíram de forma constante ao longo
do tempo, com as menores proporções observadas aos 60 meses (71% em 2022). Os
homens apresentaram retenção consistentemente mais alta em comparação com as
mulheres (79% vs. 73% em 2022). Retenção mais baixas foram encontradas entre os
grupos etários mais jovens (74% em 2022), populações indígenas (67% em 2022),
indivíduos com menor nível de escolaridade (72% em 2022) e aqueles que residiam na
região norte do Brasil (74% em 2022). A análise multivariada de retenção aos 60 meses
no ano de 2022 observou maior chance de estarem retidos os indivíduos que não
apresentavam coinfecção com tuberculose (OR: 1,26; IC95% 1,17 – 1,36; p=0,000).
CONCLUSÕES: O estudo destaca desafios significativos na retenção, especialmente
após longos períodos de uso da TARV, com disparidades notáveis entre grupos
demográficos e regionais. Os achados sugerem a necessidade de intervenções
direcionadas para melhorar a retenção à TARV, especialmente entre populações
vulneráveis, e podem subsidiar políticas de saúde pública para fortalecer o cuidado
contínuo da infecção pelo HIV no Brasil.

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