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DETERMINANTES DA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR COVID-19 NO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Nome: ÁGATA PEREIRA ROSSI

Data de publicação: 11/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
EDSON OLIVEIRA DELATORRE Presidente
MARCELLE FIGUEIRA MARQUES DA SILVA SALES Examinador Externo
MOISES PALACI Examinador Interno

Resumo: A COVID-19 surgiu no Espírito Santo (ES), Brasil, em fevereiro de 2020, resultando em mais de 1,3 milhão de casos e cerca de 15.000 mortes até dezembro de 2023. A disseminação e o impacto da doença variaram significativamente entre as regiões, influenciados por fatores ecológicos, sociais e demográficos. Este estudo analisou o impacto de variáveis sociodemográficas na dinâmica da COVID-19 no ES, utilizando dados da Secretaria Estadual de Saúde, do banco de dados GISAID e análises estatísticas (univariadas e multivariadas) realizadas no R (v4.4.2; p < 0,05). Entre 2020 e 2023, o ES enfrentou doze ondas epidêmicas, impulsionadas pela substituição das variantes virais circulantes. A taxa de letalidade média foi de 1,1%, com taxas anuais diminuindo de 1,86% em 2020 para 0,37% em 2023. A Região Metropolitana da Grande Vitória destacou-se como um importante foco inicial de disseminação da doença, seguida por sua expansão para o interior, um padrão que se manteve ao longo dos diferentes períodos da pandemia. Fatores sociodemográficos, como índice de envelhecimento, idade mediana, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e taxa de alfabetização, apresentaram correlação positiva com a incidência de COVID-19 (R² 0,51, p 0,01). Sintomas como dificuldade respiratória (OR = 7,41) e febre (OR = 1,81), bem como comorbidades como obesidade (OR = 4,48), doença renal (OR = 3,54), diabetes (OR = 1,96), doença cardiovascular (OR = 1,67), doença pulmonar (OR = 1,49) e tabagismo (OR = 1,79), aumentaram significativamente o risco de mortalidade (p < 0,001). Por outro lado, coriza (OR = 0,49), dor de garganta (OR = 0,51) e cefaleia (OR = 0,62) foram associadas a um menor risco de mortalidade (p < 0,001). Sexo masculino (OR = 1,71), idade avançada (OR = 1,08) e menor nível educacional (OR 1,29) também foram associados a maior mortalidade (p 0,035). A vacinação também foi evidenciada como importante método de diminuição das taxas de letalidade, mesmo com as substituições das variantes dominantes. Esses achados destacam o papel crítico dos fatores sociodemográficos na determinação dos desfechos da COVID-19 no ES. A compreensão desses determinantes pode orientar intervenções de saúde pública direcionadas para mitigar surtos futuros, especialmente entre populações vulneráveis.

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