Uso de dolutegravir em gestantes vivendo com HIV no Brasil, entre 2020 e 2022

Nome: LINO NEVES DA SILVEIRA

Data de publicação: 01/11/2023

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ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador

Resumo: Lino Neves da Silveira, Uso de dolutegravir em gestantes vivendo com HIV no Brasil, entre 2020 e 2022. Dissertação para obtenção de título de mestrado em doenças infecciosas – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2023.
Introdução: A transmissão vertical do HIV (TV-HIV) é um contribuinte significativo para a pandemia de HIV. Entre os determinantes do controle da TV-HIV estão o uso de terapia antirretroviral (TARV) durante a gestação e a supressão da carga viral do HIV (CV-HIV) materna. Por esses motivos, é fundamental levantar informações que determinem a efetividade dos esquemas de TARV na gestação. Objetivo: Avaliar a efetividade do DTG em gestantes no Brasil. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, incluindo gestantes em início de TARV estratificadas conforme os antirretrovirais (ARV) de interesse, utilizando dados dos sistemas nacionais de monitoramento do HIV, nos anos de 2020 e 2022. A variável de desfecho é CV-HIV<50 cópias/mm3, no exame mais próximo da data do parto. Resultados: 3.208 gestantes foram analisadas. A distribuição das gestantes por ARV foi a seguinte: efavirenz (334), dolutegravir (2.014), raltegravir (699), atazanavir/ritonavir (161); as gestantes em uso de darunavir/ritonavir foram excluídas da análise pela amostra reduzida. Observou-se que 74,1% das gestantes que receberam DTG apresentaram supressão viral, enquanto o mesmo desfecho foi verificado em 67,5% do grupo EFV, 72,2% do grupo RAL, e 70,8% do ATV/r. Esses valores representam um percentual total de 72,8% de gestantes com CV-HIV indetectável no momento do parto. O modelo de análise multivariado demonstrou que a gestante que inicia TARV contendo DTG possui uma razão de chance de 1,33 (IC95% 1,03-1,72) de alcançar supressão viral no momento do parto, quando comparadas com gestantes que iniciaram EFV. Conclusão: O uso de dolutegravir na gestação está associado a uma maior probabilidade de alcançar supressão viral no parto em relação àquelas que usaram efavirenz. Esse achado reforça a recomendação nacional de priorizar a classe de inibidores de integrase no esquema preferencial de gestantes vivendo com HIV.

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