ANÁLISE DOS CUSTOS MÉDIO E POR ATIVIDADE DO TESTE SCOT-TB PARA O DIAGNÓSTICO DA TUBERCULOSE PULMONAR EM LABORATÓRIOS PÚBLICOS

Nome: ISABELLA RECLA SEGATTO

Data de publicação: 25/08/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLOS GRAEFF TEIXEIRA Examinador Interno
MOISES PALACI Presidente
SILVANA SPINDOLA DE MIRANDA Examinador Externo

Resumo: SEGATTO, I. R. Análise dos custos médio e por atividade do teste SCOT-TB para o diagnóstico da tuberculose pulmonar em laboratórios públicos. Dissertação (Mestrado). Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2023. 77 p.
O diagnóstico laboratorial para a investigação da tuberculose (TB) por meio da cultura e para a identificação do perfil de resistência do Mycobacterium tuberculosis pelo teste de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) é imprescindível ao controle da doença. No entanto, os custos elevados, além da complexidade dos métodos convencionais para a realização dos exames têm reduzido a capacidade de oferta deles pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, a facilitação de acesso ao diagnóstico demanda a adoção de novos testes que apresentem metodologias de fácil operação e custos acessíveis. Previamente a adoção de novas tecnologias para o diagnóstico da TB, é necessário que os gestores públicos realizem avaliações econômicas comparando custos das tecnologias convencionais com a inovação. Esse estudo se propôs a avaliar o custo médio e o custo por atividade (ABC) do teste “Swab Culture Optimized Test” (SCOT-TB) para o diagnóstico da tuberculose pulmonar em laboratórios públicos com diferentes complexidades de infraestrutura e de biossegurança. A análise de custo foi baseada em dois métodos: custo médio e ABC. O teste fenotípico SCOT-TB, desenvolvido por pesquisadores do Núcleo de Doenças Infecciosas da Universidade Federal do Espírito Santo (NDI-UFES) detecta o crescimento, identifica e determina a sensibilidade do bacilo da TB a isoniazida e rifampicina a partir de amostras de escarro. Os custos do SCOT-TB foram comparados aos do teste BD BACTEC MGIT 960® (MGIT), método padrão para a cultura e TSA, no Laboratório de Pesquisa em Micobactérias da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (LPM/FM/UFMG), classificado como nível de biossegurança 3 (NB3) e no Laboratório do NDI/UFES, classificado como nível de biossegurança 2 (NB2). No LPM/FM/UFMG os resultados do custo médio e ABC foram, respectivamente, U$ 15.84/U$11.81 para SCOT-TB e U$20.59/U$14.25 para MGIT-cultura. No NDI/UFES os resultados do custo médio e ABC foram, respectivamente, U$ 16.84/U$10.99 para SCOT-TB, U$26.74/U$15.82 para MGIT-cultura e U$50.15/U$33.16 para MGIT-TSA. Adicionalmente nossos resultados demonstraram que para todos os testes o componente de custo com maior contribuição tanto para o ABC quanto para o custo médio foi o insumo. Já a infraestrutura foi o componente com menor impacto nos custos para todos os testes, ressaltando-se que para o ABC do SCOT-TB não apresentou relevância nem para o laboratório NB3, nem para o laboratório NB2. Diante desses resultados, nosso estudo evidenciou que o teste SCOT-TB reduz tanto o custo médio quanto o ABC da tuberculose pulmonar quando comparado ao padrão ouro, BD BACTEC MGIT 960®, em todos os laboratórios avaliados, independentemente do nível de biossegurança.

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