Culicídeos silvestres na epidemia de febre amarela no estado do Espírito Santo, Brasil, 2017.

Nome: LUCIANA MATOS DE ABREU STANZANI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 07/02/2023
Orientador:

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ALOÍSIO FALQUETO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
RICARDO LOURENÇO DE OLIVEIRA Coorientador

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Resumo: A febre amarela é uma doença infecciosa aguda transmitida por mosquitos que pode ocorrer em um ciclo urbano ou silvestre. Evidências de febre amarela silvestre foram relatadas pela primeira vez em áreas de Mata Atlântica “sem Aedes aegypti” no Espírito Santo (ES), Brasil, durante um surto do vírus da febre amarela (Yellow fever vírus - YFV) de 1931 a 1940. Este estudo investigou as espécies de mosquitos envolvidas na transmissão do YFV durante o surto de 2017, aproximadamente, 80 anos após o último caso de febre amarela no ES. Um levantamento entomológico foi realizado em seis áreas florestais durante e após o pico da epidemia. Nós coletamos 10.658 mosquitos compreendendo 14 gêneros e 78 espécies. As espécies da tribo Sabethini foram as mais abundantes (80,67%) e diversas (51 táxons), seguidas por
Aedini (16,62% dos espécimes coletados, compreendendo 14 táxons). Haemagogus leucocelaenus e Hg. janthinomys/capricornii foram considerados os principais vetores, pois tiveram uma abundância relativamente alta, coocorreram praticamente em todas as áreas e mostraram as maiores taxas de infecção pelo YFV (taxa mínima de infecção [MIR] = 32,5, estimativa de probabilidade máxima [MLE] = 32,1; MIR = 54,1, MLE = 35,8, respectivamente). Sabethes chloropterus, Sa. Soperi, Sa. identicus,
Aedes aureolineatus e Shannoniana fluviatilis também foram encontrados
naturalmente infectados pelo YFV e podem ter um papel secundário na transmissão.
Este é o primeiro relato confirmando a infecção natural por YFV em Sa. identicus, Ae.aureolineatus e Sh. fluviatilis. Nosso estudo enfatiza a importância da manutenção de altas coberturas vacinais em áreas receptivas à transmissão do YFV, a premência de ações da vigilância entomológica na Mata Atlântica, assim como a necessidade de intervenções combinadas, integrando o hospedeiro humano, artrópodes vetores e primatas não-humanos visando reduzir a morbidade e mortalidade da febre amarela silvestre no Brasil

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