VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS E CLIMÁTICAS PREDITORAS DA OCORRENCIA DE LUTZOMYIA LONGIPALPIS (DIPTERA: PSYCHODIDAE), VETOR DA LEISHMANIOSE VISCERAL, NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Nome: KARINA BERTAZO DEL CARRO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 27/10/2020
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
ALOÍSIO FALQUETO Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
GUILHERME LOUREIRO WERNECK Examinador Externo
JOSÉ DILERMANDO ANDRADE FILHO Examinador Externo
CRISPIM CERUTTI JUNIOR Examinador Interno
CARLOS GRAEFF TEIXEIRA Examinador Interno
BLIMA FUX Orientador

Resumo: Lutzomyia longipalpis é o principal vetor da leishmaniose visceral (LV) no Brasil. No estado do Espírito Santo (ES), os primeiros casos da doença foram diagnosticados em dois municípios, no final da década de 1960. Hoje, dez municípios são considerados endêmicos para a doença. Considerando a área atual de ocorrência de LV no ES, acredita-se que a endemia tenha migrado do estado de Minas Gerais, pelo vale do Rio Doce, onde o vetor encontra ambiente propício para o seu desenvolvimento. Análise espacial vem sendo amplamente utilizada para elucidar os mecanismos de dispersão das doenças, com a finalidade de predizer seu avanço para novas áreas e propor medidas de controle. Sistemas de informação geográfica cumprem bem esse papel, possibilitando analisar as relações entre ambiente e os eventos relacionados à saúde. Nosso objetivo foi construir um modelo de nicho ecológico para L. longipalpis no ES, predizendo as áreas com possível ocorrência do inseto, para assim, alertar futura instalação da LV, bem como direcionar os recursos para as áreas prioritárias. As variáveis climáticas foram arroladas do banco de dados da WorldClim, enquanto as geográficas, do INPE e Geobases. Já os dados de presença da espécie transmissora são fruto de mais de 30 anos de pesquisas entomológicas no estado. Utilizamos como ferramenta o programa Arcgis (Versão 10.3.1) para inserção das variáveis selecionadas e, o algoritmo MaxEnt para a modelagem do nicho ecológico (MNE). A área sob curva ROC (AUC) foi superior a 0,9 indicando que o modelo gerado foi excelente. Dentre as variáveis estudadas, afloramento rochoso foi a que mais contribuiu para a geração do modelo, seguida pela sazonalidade térmica, altitude e oscilação térmica anual. O vetor L. longipalpis é encontrado até o momento em 18 municípios do Espírito Santo. A MNE nos permite compreender melhor a distribuição geográfica, tanto do vetor Lutzomyia longipalpis, quanto da LVA. Compreendendo-se melhor essa distribuição, pode-se subsidiar ações de vigilância e controle mais eficazes, contemplando áreas com maior probabilidade de ocorrência da transmissão da doença ou do vetor.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105