ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E CLÍNICOS RELACIONADOS À RECIDIVA NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Nome: SUELLEN RAMOS BARBOZA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 25/02/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ALOÍSIO FALQUETO Orientador
CREUZA RACHEL VICENTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALOÍSIO FALQUETO Orientador
BLIMA FUX Examinador Interno
CREUZA RACHEL VICENTE Orientador
GUSTAVO ROCHA LEITE Examinador Externo

Resumo: A leishmaniose tegumentar americana é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania que acomete pele e mucosas. O tratamento adequado reduz sequelas e auxilia no seu controle. No entanto, existem poucos estudos sobre a associação de fatores demográficos e clínicos com o desfecho de recidiva. O Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM) é um centro de referência no diagnóstico e tratamento da leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Espírito Santo e possui dados fidedignos à realidade dos casos, agrupando elevado número de pacientes. O estudo teve como objetivo avaliar se a recidiva teve associação com os aspectos demográficos e clínicos em pacientes com LTA, segundo forma clínica, atendidos no HUCAM no período de 1978 a 2005. Foram incluídos nas análises 1.145 pacientes, dos quais 1.018 apresentavam leishmaniose cutânea localizada (LCL), 26 leishmaniose cutaneomucosa (LCM) e 101 leishmaniose mucosa (LM). A maioria dos pacientes eram do sexo masculino, brancos, lavradores e sem parentes com LTA. As lesões cutâneas foram principalmente ulceradas e localizadas nos membros. Já as lesões mucosas ocorreram principalmente no nariz. A frequência de recidiva foi de 7,8%, 15,4% e 8,9% para LCL, LCM e LM, respectivamente. O único grupo de pacientes que apresentou associação das variáveis com a recidiva foi o de LCL. Neste grupo as maiores prevalências de recidiva foram em pacientes de cor preta (13,75%), com lesões disseminadas (28,57%) e do tipo infiltrada (15,71%). As chances de recidiva de um paciente de cor preta ou parda foram 2,3 e 1,9 vezes maiores que em pacientes de cor branca, respectivamente, 4,9 vezes maiores em pacientes com lesões disseminadas comparados aos com uma lesão, e 2,5 vezes maiores em pacientes com lesão infiltrada em relação aos que não tinham esse tipo de lesão. A recidiva é um desfecho raro em todos os grupos, sendo mais frequente nas formas com manifestações em mucosa, como LCM e LM. Alguns fatores demográficos, como cor da pele, e clínicos, como número e tipo de lesões, podem influenciar na ocorrência de recidiva na LCL. Estudos prospectivos com número maior de pacientes são necessários.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Marechal Campos, 1468 - Bonfim, Vitória - ES | CEP 29047-105