POTENCIAIS BIOMARCADORES DE LESÃO DE COLO UTERINO E ANAL POR GENÓTIPOS DE HPV DE ALTO RISCO EM SOROPOSITIVOS E SORONEGATIVOS PARA HIV

Nome: LAYS PAULA BONDI VOLPINI
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 18/03/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LILIANA CRUZ SPANO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA FERREIRA NUNES Examinador Interno
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Coorientador
ENRIQUE MARIO BOCCARDO PIERULIVO Examinador Externo
KÊNIA VALÉRIA DOS SANTOS Examinador Interno
LILIANA CRUZ SPANO Orientador

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Resumo: A infecção por genótipos de alto risco do papilomavírus humano (HR-HPV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer do colo do útero (CCU) e anal (CA). Algumas populações são mais vulneráveis ao desenvolvimento desses cânceres, seja devido à imunossupressão, como no caso de indivíduos HIV-positivos, ou devido ao acesso limitado aos serviços de saúde, como é o caso de mulheres quilombolas. A utilização de biomarcadores, como a carga viral e expressão de oncogenes virais, seria útil para orientar futuros algoritmos de rastreamento nessas populações. O objetivo do estudo foi determinar os genótipos de HPV em população de mulheres vulneráveis (HIV-positivas e quilombolas) e investigar se carga viral e quantificação de transcritos do oncogene E7 (mRNA E7) dos HR-HPV correspondentes aos da vacina nonavalente (9vHPV) estão relacionadas com lesões cervicais e anais de indivíduos HIV-positivos e negativos. DNA viral foi pesquisado por PCR, o genótipo determinado por Reverse Line Blot (RLB) e Restriction Fragment Length Polymorphism (RFLP) e as variantes de HPV16 foram determinadas por sequenciamento gênico. Carga viral e mRNA E7 foram pesquisados por PCR em tempo real. Nas mulheres quilombolas, a frequência do HPV foi de 11,4% e associada a alterações citológicas (p <0,001). Infecção por HR-HPV ocorreu em 64,5% e os tipos mais frequentes foram HPV52> 58, 59. A carga viral foi maior nas lesões do que nos casos de citologia normal (p= 0,04). Nas mulheres HIV-positivas, os HPV16, 52 e 31 foram os mais frequentes e a variante Europeia do HPV16 foi a mais prevalente. Houve um aumento da carga viral de citologia normal para lesão tanto em indivíduos HIV-positivos como negativos (p= 0,01). Este aumento foi significante nas amostras cervicais positivas para HPV16 de mulheres HIV-negativas (p< 0,001) e nas cervicais e anais positivas para HPV31 (p= 0,04 e p= 0,02, respectivamente) nos indivíduos HIV-positivos. Na análise de mRNA E7, houve um aumento da mediana do número de cópias de normal para lesão (p= 0,02) e correlação moderada e positiva entre aumento da carga viral e mRNA (r= 0,61; p <0,001). Este estudo demonstrou que os genótipos mais frequentes nas populações vulneráveis são aqueles contemplados na 9vHPV e maior carga viral e mRNA esteve presente nos casos de lesão cervical e anal, indicando o benefício dessa vacina e desses biomarcadores para o rastreamento de lesões precursoras do câncer nessas populações.

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