DETERMINAÇÃO da Suscetibilidade à Vancomicina e Avaliação de Atributos de Virulência em Amostras de Staphylococcus Aureus Isoladas de Bacteremias

Nome: MARALISI COUTINHO BARBOSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA FERREIRA NUNES Orientador
KÊNIA VALÉRIA DOS SANTOS Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA FERREIRA NUNES Orientador
RICARDO PINTO SCHUENCK Examinador Interno
SÉRVIO TÚLIO ALVES CASSINI Examinador Externo

Resumo: Staphylococcus aureus é um dos principais patógenos causador de uma gama de infecções tanto nosocomiais quanto comunitárias. Bacteremias são constantes e apresentam altos índices de mortalidade e morbidade e todo o globo. A vancomicina (van) é a terapia empírica para tratamento de infecções por cocos Gram-positivos em pacientes hemodialíticos. Em 1997 surgiram estirpes de S. aureus com suscetibilidade reduzida para van (VISA e hVISA). Estes isolados são associados a falhas terapêuticas por van e recidivas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar amostras de S. aureus cultivadas em altas concentrações de van quanto à suscetibilidade e atributos de virulência. Quarenta e uma amostras de S. aureus isoladas de pacientes hemodialíticos com bacteremias (parentais) foram crescidas em 4 a 16 μg/mL de van e reisoladas após este teste, sendo denominadas derivadas. Foram isoladas derivadas de todas as 41 amostras S. aureus. Todas as amostras parentais e derivadas foram suscetíveis à van. A concentração mínima inibitória (CMI) de van nas amostras derivadas apresentou um aumento em relação as parentais, porém, dentro dos parâmetros de suscetibilidade pelo Clinical & Laboratory Standards Institute (CLSI). Vinte e quatro pulsotipos foram identificados através da técnica de PFGE e nove amostras (22%) apresentaram resistência à meticilina através do disco de cefoxitina e amplificação do gene mecA. Nove amostras derivadas isoladas em 16 µg/mL de van conseguiram crescer na presença de 8 µg/mL de van. A produção de biofilme e de cinco enzimas hidrolíticas foi menor nas amostras derivadas. A virulência das estirpes derivadas foi avaliada em modelo in vivo com Galleria mellonella, sendo que duas amostras derivadas apresentaram diminuição e uma aumento da virulência. Não houve diferença entre parentais e derivadas quanto a autólise, produção de δ-hemolisina, ligação ao fibrinogênio e viabilidade metabólica. Apesar de crescerem em concentrações altas de van as estirpes derivadas apresentaram crescimento lento e CMI na faixa de suscetibilidade, indicando tolerância. De todos os fatores de virulência testados a pressão seletiva com van afetou apenas a produção de biofilme e cinco enzimas hidrolíticas. No modelo in vivo a virulência das derivadas foi variada, indicando que ser estirpe-dependente.

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