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Análise de Restos Humanos de Pessoas com Hanseníase Antiga: Do Desenvolvimento de Métodos à Educação sobre a Hanseníase Antiga na Europa - Uma Abordagem Integrativa

Resumo: Durante o período medieval, a Europa testemunhou um declínio dramático da hanseníase (doença de Hansen), embora as causas desse fenômeno ainda não sejam totalmente compreendidas. Diversas hipóteses foram propostas, incluindo uma transição de hanseníase multibacilar infecciosa para hanseníase paucibacilar não infecciosa, imunidade cruzada entre Mycobacterium leprae e Mycobacterium tuberculosis (os agentes causadores da hanseníase e da tuberculose, respectivamente), e efeitos concorrentes de mortalidade entre essas doenças. Apesar dessas mudanças históricas, a hanseníase ainda afeta cerca de 200.000 indivíduos anualmente, deixando milhões com deficiências e estigmas ao longo da vida.

A hanseníase provoca alterações esqueléticas distintas, especialmente nas mãos, pés e face. O conceito da Síndrome Rinomaxilar (SR), introduzido em 1992, forneceu um marco para identificar a hanseníase em restos arqueológicos com base em mudanças características no crânio. No entanto, esses critérios paleopatológicos permaneceram amplamente inalterados, limitando suas aplicações clínicas e históricas. A aplicação de técnicas de imagem modernas, como tomografia computadorizada (TC), oferece uma oportunidade valiosa para aprimorar os critérios diagnósticos da SR, avançando tanto o nosso entendimento clínico da hanseníase quanto sua documentação histórica.

Uma triagem preliminar de restos humanos nas Catacumbas de Paris revelou o potencial desses restos esqueléticos para estudos multidisciplinares. Isso destaca a importância de avançar na pesquisa paleopatológica e a necessidade de ferramentas diagnósticas modernas para preencher a lacuna entre as perspectivas antigas e contemporâneas sobre a hanseníase. A paleogenômica fornece outra abordagem poderosa ao permitir a extração e o sequenciamento de DNA antigo (aDNA) de restos esqueléticos, ajudando a rastrear a história evolutiva do M. leprae, iluminando os padrões de transmissão, diversidade de cepas e o surgimento de mutações que aumentam a virulência e a adaptabilidade do patógeno. No entanto, os desafios na extração de aDNA, incluindo riscos de contaminação e preocupações éticas sobre o transporte internacional, exigem o desenvolvimento de protocolos de amostragem no local, que este projeto visa abordar.

Data de início: 01/04/2025
Prazo (meses): 99

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Doutorado TAYNAH ALVES ROCHA REPSOLD
Coordenador PATRÍCIA DUARTE DEPS
Acesso à informação
Transparência Pública

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