ANÁLISE DE ASPECTOS DE VIRULÊNCIA, RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS E DIVERSIDADE GENÉTICA DE Staphylococcus aureus ISOLADOS DE COLONIZAÇÃO NASAL EM PUÉRPERAS

Nome: ANA PAULA MARQUES CALDEIRA NILO

Data de publicação: 22/05/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FERNANDA SAMPAIO CAVALCANTE Examinador Externo
MOISES PALACI Examinador Interno
RICARDO PINTO SCHUENCK Presidente

Resumo: A colonização nasal por Staphylococcus aureus em puérperas é relevante devido ao risco de colonização dos neonatos e de infecções em ambos os grupos. O objetivo deste estudo foi avaliar a taxa de colonização, resistência, virulência e diversidade genética de S. aureus isolados de colonização nasal em puérperas. Swabs nasais foram coletados (n = 306) em até 48h após o parto na maternidade de um hospital em Vitória – ES, entre março/2018 e março/2019. Dados demográficos foram obtidos dos prontuários das pacientes. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinada pelo teste de difusão a partir do disco e as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) foram obtidas por microdiluição em caldo. A produção de biofilme foi avaliada através do teste em microplaca de poliestireno. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi empregada para realizar a tipagem do SCCmec e detectar os seguintes genes de adesinas e toxinas: fnbB, clfA, clfB, cna, bbp, hla, hld, hlg, hlg-2, lukSF-PV, lukED, eta, etb, sea, seb, sec, sed, see e tsst-1. A diversidade genética foi avaliada por Random Amplified Polymorphic DNA (RAPD). A taxa de colonização nasal por S. aureus encontrada foi de 14,7% (45/306), sendo sete (15,6%) resistentes à meticilina (MRSA). A taxa geral de MRSA foi de 2,3% (7/306). A idade média das pacientes foi de 30 anos, com altas taxas de desemprego (66,7%), multiparidade (83,3%) e comorbidades (85.7%). A maioria dos isolados foram resistentes à penicilina (88,9%) e à eritromicina (53,3%). Todos os isolados de MRSA apresentaram o SCCmec tipo IVa e um foi caracterizado como OS-MRSA (oxacilin-susceptible methicilin-resistant S. aureus). A maioria (84,4%) era forte produtora de biofilme. Vários genes de virulência foram detectados e os mais prevalentes foram o hld (93,3%), hla e eta (48,9%) e sea (42,2%). A análise por RAPD identificou 14 perfis. O perfil J foi o segundo com maior diversidade de genes de virulência (n = 14) e agrupou 11 isolados (dentre eles, cinco MRSA, um OS-MRSA e um MSSA-MDR). O estudo destaca as altas taxas de genes de toxinas entre isolados nasais de S. aureus em puérperas, com ênfase para os genes que codificam a toxina esfoliativa A e enterotoxina A. Essas toxinas são relevantes em mastite puerperal e infecções neonatais graves. Este é o primeiro relato de um isolado de OS-MRSA colonizando as narinas anteriores de puérperas.

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