DENSIDADE E DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES DO GÊNERO ANOPHELES (DIPTERA: CULICIDAE) E IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ETIOLÓGICOS DA MALÁRIA EM SISTEMAS DE MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL

Nome: LUCAS MENDES FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 10/08/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
BLIMA FUX Co-orientador
CRISPIM CERUTTI JUNIOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BLIMA FUX Coorientador
CARLOS GRAEFF TEIXEIRA Examinador Interno
CRISPIM CERUTTI JUNIOR Orientador
GABRIEL ZORELLO LAPORTA Examinador Externo

Resumo: Este trabalho teve como objetivo verificar a abundância, a riqueza e a diversidade de anofelinos e detectar a infecção natural por Plasmodium spp. em espécimes do subgênero Kerteszia de duas áreas remotas de Mata Atlântica, localizadas no estado do Espírito Santo, para possibilitar uma melhor compreensão da dinâmica de transmissão da malária na região. As coletas entomológicas foram realizadas uma vez por mês em cada localidade, no período de maio de 2019 a abril de 2020. Os mosquitos foram capturados por armadilhas de Shannon e armadilhas do tipo CDC. Os espécimes capturados foram identificados morfologicamente em nível de espécie por meio de chaves entomológicas. Após identificação, contagem e armazenamento, os anofelinos pertencentes ao subgênero Kerteszia foram agrupados em pools de até 10 indivíduos, segundo espécie, data, tipo de armadilha e local de coleta, e encaminhados ao Laboratório de Protozoologia do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo para a detecção molecular da presença de DNA de Plasmodium spp. O Índice de Diversidade de Shannon-Wiener (H’), o Índice de Dominância de Simpson (C) e o Índice de Equabilidade de Pielou (J) foram as medidas utilizadas para caracterizar e comparar a fauna anofélica das duas áreas exploradas. Foi capturado um total de 1.471 anofelinos pertencentes a três subgêneros e 13 espécies. A espécie mais abundante foi Anopheles(Kerteszia) cruzii (87%), seguido por Anopheles (Nyssorhynchus) strodei (6%) e Anopheles (Nyssorhynchus) evansae (4,21%). A região de Valsugana Velha – onde casos de malária são notificados esporadicamente - foi responsável por maior abundância (1.438 espécimes) e maior riqueza (10 espécies). Pelas técnicas moleculares, foi confirmada a infecção natural de A. (K.) cruzii e Anopheles (Kerteszia) homunculus por Plasmodium spp. Anopheles (Kerteszia) cruzii, por sua abundância, dispersão e registro de infecção natural, foi confirmado como a principal espécie envolvida na transmissão da malária em áreas de Mata Atlântica brasileira.

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