Fatores de virulência e susceptibilidade a drogas antifúngicas de cepas clínicas e ambientais de Cryptococcus spp.

Resumo: A criptococose é uma micose sistêmica e a meningoencefalite é a sua manifestação clínica mais grave e mais comum. As principais espécies envolvidas na etiologia são C. neoformans e C. gattii. A ecologia destas espécies não é ainda bem conhecida, C. neformans tem como habitat, fezes de aves, principalmente pombos e C. gattii é comumente associada a árvores. O objetivo geral desta pesquisa foi estabelecer características fenotípicas e moleculares de cepas clínicas e ambientais de Cryptococcus spp. Para isso foram realizados testes de suscetibilidade pelo método Etest, pesquisa da produção da enzima fosfolipase e atividade da fenoloxidase além da determinação dos genótipos através de RAPD fingerprinting. A presença de C. gattii foi investigada em diferentes regiões do Estado do Espírito Santo e foi encontrada em apenas duas (0,7%) das 209 amostras de árvores analisadas enquanto C. neoformans foi isolado em 11 (21%) das 54 amostras de excrementos de pombos analisadas. A proporção entre as espécies C. neoformans e C.gattii foi muito próxima (94 vs 6% e 88 vs 12%), respectivamente, para amostras clínicas e ambientais. No total, 67 isolados, clínicos e ambientais, de C. neoformans e C. gattii, foram analisados e todos foram sensiveis as drogas VCZ e AMB. Para a droga ITZ, 82% foram S, 18% SDD e para FCZ, 75% S, 24% SDD e 1% R. Considerando a origem dos isolados, o perfil de suscetibilidade foi semelhante entre os de origem clínica e os ambientais. Quanto à produção da enzima fosfolipase, 84% dos isolados apresentaram produção alta e apenas 3% não produziram a enzima. Todos os 67 isolados mostraram atividade da enzima fenoloxidase, sendo 71% com atividade baixa e nenhum com atividade negativa. Produção mais baixa da fosfolipase e níveis mais altos de atividade da fenoloxidase foram observados em cepas isoladas de pacientes HIV-pos. Todas as cepas clínicas e ambientais de C. neoformans pertenceram ao genótipo VNI e todas C. gattii ao genótipo VGII. Esses resultados confirmam que a infecção pode ser a partir de fontes ambientais.

Data de início: 01/02/2007
Prazo (meses): 24

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Aluno Mestrado LUDMILA DE MATOS BALTAZAR
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