AVALIAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES OCULARES NO DIAGNÓSTICO E DURANTE O TRATAMENTO DE PACIENTES COM HANSENÍASE.

Nome: ADRIANA VIEIRA CARDOZO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/04/2010
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
PATRÍCIA DUARTE DEPS Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
JOEL CARLOS LASTORIA Examinador Externo
ANGELO FERREIRA PASSOS Examinador Interno
PATRÍCIA DUARTE DEPS Orientador
ADAUTO EMMERICH OLIVEIRA Suplente Interno

Resumo: Introdução: A hanseníase é uma das doenças que mais cursa com manifestações oculares. É importante que todo profissional de saúde tenha um conhecimento básico a respeito disso. A incidência de complicações oculares decorrentes da hanseníase tem diminuído devido ao diagnóstico precoce e instituição da PQT, porém elas ainda acontecem. As manifestações oculares mais frequentes nos hansenianos são: madarose, ceratite (devido à triquíase, lagoftalmo, diminuição ou ausência de sensibilidade corneana e secundário a infecção), conjuntivites e uveítes. Objetivos: Identificar manifestações oculares relacionadas com a hanseníase em pacientes recém diagnosticados, antes e durante o tratamento da hanseníase. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte prospectivo observacional, com pacientes de hanseníase no HUCAM. Foram recrutados 42 pacientes de Dezembro de 2007 à Julho de 2009, e submetidos a exame oftalmológico segundo protocolo pré estabelecido. Os pacientes formam examinados no momento do diagnóstico da hanseníase e no 3° e 6° mês de tratamento com poliquimioterapia. Resultados: A acuidade visual variou de 0,1 a 1,0 em cada olho (média de 0,7); manifestações oculares ocorreram em 39 pacientes (92,9%), porém, se consideradas as mais frequentemente relacionadas com a hanseníase, a freqüência foi de 23,8% .Redução no tempo do BUT e do Teste de Schirmer 1 foram as manifestações oculares mais frequentes (92,9% e 42,9% respectivamente). As manifestações oculares mais frequentes relacionadas com a hanseníase foram madarose de superclio (14,3%), seguindo pela sensibilidade corneana diminuída e madarose de cílios (11,7%). Ceratite puntata estava presente 4,8%. Durante o período de 6 meses de seguimento, 9,5% dos pacientes apresentou aumento da PIO, 2,4% atrofia iriana e 9,5% ceratite. Conclusões: Houve uma maior prevalência de envolvimento ocular nas formas multibacilares em comparação com as formas paucibacilares. Madarose dos cílios, supercílio, sensibilidade corneana diminuída e atrofia da íris foram todos encontrados em níveis inferiores aos anteriormente descritos. Estes resultados sugerem que o envolvimento ocular no momento do diagnóstico de hanseníase foi ainda na fase inicial. A frequência de manifestações oculares e o fato de elas poderem ocorrer mesmo durante o tratamento, reafirmam a necessidade de esses pacientes serem avaliados por um oftalmologista periodicamente. Palavras chave: manifestações oculares, hanseníase, terapêutica.

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