Ocorrência e suscetibilidade a drogas antifúngicas de Candida não-albicans, no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, Vitória-ES.

Nome: NAZARETH MAGNAGO KLEIN
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/10/2006

Banca:

Nome Papelordem decrescente
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Interno
MARICELI LAMAS DE ARAÚJO Orientador

Resumo: Este estudo foi conduzido para se avaliar a prevalência e a distribuição das espécies de Candida spp., isoladas de diversos materiais biológicos, obtidos de pacientes internados no Hospital Universitário Cassiano Antonio de Moraes (HUCAM), Vitória-ES, durante o período de janeiro de 2003 a dezembro 2005, e descrever o perfil de suscetibilidade de Candida não-albicans a drogas antifúngicas. A identificação da espécie Candida albicans foi realizada no meio cromogênico CHROMagar-Candida® e confirmada pela indução positiva de tubo germinativo e/ou clamidoconídeo. A identificação das espécies não-albicans foi realizada pelos seus padrões morfológicos e bioquímicos e pelo sistema comercial API 20 C AUX. O perfil de suscetibilidade às drogas antifúngicas anfotericina B, itraconazol e fluconazol foi estabelecido pelo método de referência, microdiluição em caldo, de acordo com o documento M27-A2 do CLSI, 2002. Estudo comparativo foi realizado, empregando-se o método Etest® para as cepas de Candida tropicalis, sendo incluída nesta etapa, a droga voriconazol. Os resultados mostraram 268 isolados de Candida spp., no geral, um predomínio de Candida não-albicans (54%), incluindo C. tropicalis (26%), C. parapsilosis (14%), C. glabrata (10%), C. Krusei (2%), C. guilliermondii (1.5%) e C. lusitaniae (0.5%). Ocorreu uma marcante transição na prevalência de Candida não-albicans, durante os três anos de estudo, oscilando na freqüência de 39% dos isolamentos em 2003 para 74% em 2005. As espécies não-albicans foram mais isoladas de urina (47%), seguido de sangue (39%) e cateter (8%). As maiores ocorrências foram na Unidade de Tratamento Intensivo Geral e Clínica Médica, com 23% em cada setor. A resistência para as espécies não-albicans ao fluconazol foi de 4% e, de suscetível dose-dependente (SDD) ao fluconazol e ao itraconazol foi de 2% e 3%, respectivamente (metodologia CSLI). Com esta metodologia, 98% das cepas de C. tropicalis foram sensíveis ao fluconazol e ao itraconazol, mas 2% foram SDD para estas drogas. Com o método Etest®, 2% dessas cepas foram resistentes (R) a ambas as drogas e 19% foram SDD ao itraconazol. Nenhum isolado de Candida não-albicans foi resistente a anfotericina B ou ao voriconazol. Todos os isolados de Candida albicans foram sensíveis às três drogas analisadas. Em conclusão: a) Houve uma marcante tendência para o isolamento de C. não-albicans no HUCAM, com predomínio de C. tropicalis. b) Observou-se, reduzida suscetibilidade ao fluconazol e ao itraconazol apenas para as espécies C. tropicalis, C. krusei e C. glabrata. c) O método Etest®, usando o meio de ágar Casitone, apresentou ótima concordância com o método de referência para as drogas anfotericina B (100%) e fluconazol (97%), no entanto, para o itraconazol, essa concordância foi de 61%.
Palavras-chave: Candida spp., candidemia, teste de suscetibilidade, drogas antifúngicas, Etest®.

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