Lesões oculares observadas pela oftalmoscopia binocoular indireta em gerbilos (Meriones unguiculatus) infectados com Toxocara canis

Nome: LEDILMA INÊS DUARTE COLODETTI ZANANDRÉA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 18/12/2006
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
FERNANDO ORÉFICE Examinador Externo
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Orientador
ANGELO FERREIRA PASSOS Examinador Interno

Resumo: Introdução: Existem poucos estudos experimentais sobre toxocariase ocular e recentemente demonstrou-se que o gerbilo infectado com T. canis mostra freqüentes e precoces lesões oculares. Objetivos: Avaliar a evolução de lesões oculares pela oftalmoscopia binocular indireta (OBI) em gerbilos infectados com T. canis, até 38 dias após a infecção. Métodos: Trinta e seis gerbilos (Meriones unguiculatus) inoculados por via oral, com 100 ovos larvados de T. canis foram submetidos a OBI aos 3 ,10 ,17 ,24 ,31 e 38 dias após o inóculo. Oito animais foram inoculados e sacrificados duas semanas após para estudo histopatológico, juntamente com os examinados após o 38o dia. Resultados: Lesões espontâneas tipo manchas brancas e buracos atróficos periféricos, hialose asteróide, coloboma e rarefações difusas do epitélio pigmentar foram observadas antes do inóculo. Nos animais inoculados as lesões mais freqüentes foram hemorragias retinianas focais, ou superficiais ou com centro branco, hemorragias de coróide, hemorragias vítreas, vistas a partir do terceiro dia, mas com sinais de regressão a partir do 17o dia de observação. Lesões exsudativas e vasculites apresentaram aparecimento mais tardio. DUSN e opacidade vítrea intensa com descolamento exsudativo de retina foram observadas cada uma em um animal. Não foram observados granulomas de pólo posterior ou periférico. Alterações focais do epitélio pigmentar da retina foram freqüentes. Larvas móveis foram raras, mas traços de trajeto de larva foram mais freqüentes. O estudo histológico confirmou as observações da OBI e demonstrou episclerite, iridociclite e dacrioadenite focais, com exsudatos de neutrófilos e esosinófilos. Granuloma com eosinófilos no tecido adiposo peri-ocular também foi visto. Conclusão: Os resultados confirmam que o modelo de toxocaríase ocular no gerbilo após inoculação do T. canis, embora não apresente as lesões típicas da toxocaríase humana, especialmente as pseudotumorais, representadas por granulomas de pólo posterior ou periférico, pode ser muito útil para estudos experimentais da toxocaríase ocular, devido a freqüência e a precocidade das lesões.
Palavras-chave: Toxocara canis, larva migrans ocular, toxocaríase, gerbilos, modelos animais.

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