Estudo das reações hansênicas durante a poliquimioterapia em Unidades de Saúde da Região Metropolitana da Grande Vitória

Nome: KATIA GUALBERTO VENTURA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 05/09/2006
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
PATRÍCIA DUARTE DEPS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JOSÉ AUGUSTO DA COSTA NERY Examinador Externo
MARICELI LAMAS DE ARAÚJO Examinador Interno
PATRÍCIA DUARTE DEPS Orientador

Resumo: Introdução: As reações hansênicas são manifestações inflamatórias agudas que ocorrem frequentemente durante o curso crônico da hanseníase podendo levar a deformidades permanentes. É importante identificar os fatores de riscos envolvidos, de modo a acompanhar os pacientes mais propensos evitando seqüelas. Objetivos: Estimar a freqüência das reações hansênicas durante a PQT e seus possíveis fatores de risco. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte, onde foram incluídos 108 pacientes com diagnóstico de hanseníase PB e MB acompanhados durante a PQT, no período de maio de 2004 a abril de 2006, atendidos na US da Grande Vitória e no HUCAM. Um questionário específico contendo dados sócio-demográficos e clínicos sobre a hanseníase foi utilizado e os pacientes forma submetidos a exame dermato-neurológico com aferição do grau de incapacidade (GI), biópsia de lesão cutânea, baciloscopia, bem como a realização de exame parasitológico de fezes e sorologia para HIV. Avaliação do GI e biópsia de pele eram novamente realizados na hipótese diagnóstica de reação hansênica. Tentou-se correlacionar algumas variáveis com a ocorrência de reações como: sexo, idade, tempo de demora no diagnóstico da hanseníase, classificação da hanseníase, comprometimento neural, número de lesões cutâneas, número de segmentos corporais comprometidos, GI, baciloscopia, exame parasitológico de fezes e sorologia para HIV 1 e 2. Resultados: Dos 108 pacientes MB e PB, 20,4% apresentaram estados reacionais durante a PQT. RR ocorreu em 11,1%, ENH em 1,8% e neurite em 7,4%. RR e neurite ocorreram principalmente dentro dos primeiros seis meses de PQT e o ENH ocorreu em 100% dos casos no segundo semestre. Reações forma mais comuns em pacientes dimorfos (31,8% de DT, 13,6% de DD e 13,6% de DV), seguidos pelos pacientes T (22,7%) e V (18,2%). A ocorrência de reações foi maior nos pacientes com mais de 5 lesões cutâneas e com 2 ou mais segmentos corporais afetados. Pacientes acima de 45 anos tiveram maior risco de RR enquanto IB >3 associou-se a ENH. Não foi observada correlação entre as demais variáveis estudadas e a ocorrência de reação. Conclusões: 1) Os estados reacionais são complicações comuns que podem ocorrer em qualquer momento durante a PQT; 2) Certas categorias de pacientes parecem ter maior risco para desenvolver reações e deveriam ser monitorizados com maior cuidado: idade acima de 45 anos (RR), formas clínicas: DT para RR, V para ENH e T para neurite isolada, número de lesões dermatológicas maior que 5, 2 a 3 áreas corporais afetada e IB >3 (ENH).
Palavras-chaves: Hanseníase; reações hansências; RR; ENH; neurite, PQT.

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