Prevalência da infecção pelo HPV e de alterações
citológicas anais e cervicais em transgêneros atendidos em ambulatório especializado

Nome: FRANCO LUÍS SALUME COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/07/2022
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
NEIDE APARECIDA TOSATO BOLDRINI Coorientador
GUTEMBERG LEÃO DE ALMEIDA FILHO Examinador Externo
CREUZA RACHEL VICENTE Examinador Interno
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador

Resumo: Introdução: A transgenereidade é considerada um determinante social à saúde da população transgênero. Existem dificuldades de acesso dessa população aos serviços de saúde e aos censos demofráficos, dificultando estudos de prevalência de infecções sexualmente transmissíveis (IST). Sabe-se que existe um risco aumentado para adquirir IST por apresentarem mais comportamento sexual de risco. A infecção pelo HPV é a IST mais comum entre adultos e dados sobre sua prevalência em transgêneros é escasso, sendo necessário estudos. Objetivos: Determinar a prevalência da infeção pelo HPV na população transgênero atendida num serviço especializado do hospital universitário do Espírito Santo e sua associação com lesões pré-neoplásicas em exames citopatológicos. Materiais e Métodos: Trata-se de um corte transversal realizado no período de agosto de 2018 a maio de 2021, com inclusão de 110 usuários transgêneros. A coleta de dados se deu por questionário, coleta de amostras de sítio anogenital para pesquisa de HPV, clamídia, gonococo, tricomoníase e citologia oncótica e sorologias para rastreamento de HIV, sífilis, hepatites B e C. Os dados foram armazenados e trabalhados através do SPSS–data entry (Statistical Pacckage for the Social Sciences), 20. Resultados: Homens transgêneros representaram a maioria da amostra (n = 67; 60,9%), mulheres transgêneros 34,5% (n = 38). A média de idade foi de 27,7 anos, com desvio padrão de 9,143. A prevalência de HPV foi 58,3%, sendo 50% entre homens transgêneros e 81,25% entre mulheres transgêneros. Por sítio anogenital, amostras positivas para HPV em região cervical foram 38% e, em região anal, 25% em homens transgêneros. Mulheres transgêneros apresentaram positividade para HPV em região anal de 48,1%. A citologia anal estava alterada em 23,5% das mulheres, e a cervical em 9,5% dos homens. Sífilis, tricomoníase, verruga anogenital, HIV, herpes, clamídia e hepatite B foram encontradas em, respectivamente, 13,6%, 12,5%, 5,5%, 4,5%, 4,5%, 4,1% e 0,9%. Conclusão: Estudos de prevalência de HPV, IST e sua correlação clínico-comportamental ainda são necessários para fornecimento de atendimento integral, inclusivo e respeitoso à esta população. Assim como políticas de rastreamento e prevenção de IST e neoplasia devem ser priorizados.

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