Análise do Perfil de Imunossenescência em Células T de Pacientes em Diferentes Estágios da Infecção por Sars-Cov-2

Nome: ISABELA VALIM SARMENTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 12/08/2022
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
DANIEL CLAUDIO DE OLIVEIRA GOMES Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
EDUARDO DE ALMEIDA MARQUES DA SILVA Examinador Externo
CARLOS EDUARDO TADOKORO Examinador Interno
DANIEL CLAUDIO DE OLIVEIRA GOMES Orientador

Resumo: A COVID-19 é uma doença provocada pelo SARS-CoV-2 que atinge o sistema respiratório, causando danos pulmonares que podem evoluir para um quadro de síndrome respiratória aguda grave (ARDS), aumento agudo de citocinas inflamatórias (cytokine storm), danos hepáticos, cardiovasculares e renais. Um ambiente inflamatório exacerbado, como verificado na COVID-19, pode levar a alterações no perfil de diferenciação e funcionalidade das células T. Esses fatores promovem a expansão de células T senescentes, definidas pela perda progressiva de receptores co-estimuladores (CD27 e CD28), danos no DNA, ativação da p38 MAPK e perda da capacidade proliferativa. O acúmulo de células T senescentes tem sido associado a imunopatogênese de muitas doenças, porém, ainda pouco conhecida no contexto da COVID-19. Neste trabalho avaliamos o perfil clínico/laboratorial de pacientes com COVID-19 classificados clinicamente entre oligossintomáticos, moderados e graves. Além disso, avaliamos características de fenótipo senescente nos compartimentos de células T. Nossos resultados demonstraram alterações de diversos parâmetros laboratoriais como leucocitose, neutrofilia, eosinopenia, monocitose, linfopenia, aumentos de DHL, bilirrubina direta, triglicerídeos, proteína C reativa, ureia e creatinina. Além disso, pacientes com COVID-19, em especial os grupos grave e moderado, apresentaram alterações na gasometria com distúrbios no pH e PCO2 arterial. Nossas análises fenotípicas demonstraram uma diminuição da viabilidade celular nos grupos mais acometidos pela doença (moderado e grave), com alterações das frequências de células T CD4+ e T CD8+, aumento de danos no DNA identificado pela fosforilação de γH2Ax, bem como maior expressão da MAPK p38, ligada a senescência. Além disso, comparativamente ao grupo oligossintomático, pacientes graves apresentaram um acúmulo de populações altamente diferenciadas, identificadas pelos subgrupos CD28-CD27- e células de memória terminais (T EMRA). Desse modo pacientes com a forma mais grave da COVID-19 exibem um fenótipo senescente de células T podendo ser um dos agravantes para essa doença.

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