DIVERSIDADE GENÉTICA DE NOROVÍRUS EM INDIVÍDUOS
COM DIARREIA AGUDA: UMA ANÁLISE TEMPORAL

Nome: DEBORA MARIA PIRES GONÇALVES BARREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/10/2019
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
LILIANA CRUZ SPANO Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
TULIO MACHADO FUMIAN Examinador Externo
RITA ELIZABETH CHECON DE FREITAS SILVA Examinador Externo
MOISES PALACI Examinador Interno
LILIANA CRUZ SPANO Orientador
FAUSTO EDMUNDO LIMA PEREIRA Examinador Interno

Resumo: Os norovírus humanos, pertencentes a três genogrupos e mais de 30 genótipos, são a principal causa de gastroenterites esporádicas e surtos no mundo. Eles são caracterizados por evolução significativa devido a eventos de mutação e recombinação e geração de variantes de propagação da pandemia. O objetivo deste estudo foi determinar a diversidade genética de norovírus em indivíduos com gastroenterite em nossa área geográfica. Três grupos de amostras fazem parte deste estudo: (i) espécimes fecais obtidos prospectivamente de crianças com diarreia (n = 307) coletados entre outubro de 2014 e setembro de 2018; (ii) amostras positivas para norovírus (n = 78) obtidas de crianças e adultos de fevereiro de 2003 a junho de 2004 e de dezembro de 2007 a junho de 2011; e (iii) amostras positivas para norovírus (n = 2) associadas a um surto de gastroenterite em uma unidade hospitalar em 2012. A detecção de norovírus foi realizada usando RT-qPCR para região de junção ORF1-ORF-2. Os genótipos foram determinados pela análise filogenética de sequências parciais da polimerase e do capsídeo. O sequenciamento completo da proteína do capsídeo (VP1) GII.4 Sydney 2012 e quase completo da polimerase GII.P16 do novo recombinante GII.4 Sydney [P16] foi obtido e a análise filogenética foi realizada. Norovírus foram detectados em 24,4% (75/307) das amostras no estudo prospectivo e a análise filogenética (n = 52) demonstrou o predomínio do recombinante GII.4 Sydney [P16] (n = 27), descrito para o primeiro tempo no Brasil, seguido pelos genótipos GII.4 Sydney [P31] (n = 10) e GII.17 [P17] (n = 5), além de outros sete recombinantes em menos casos (GII.2 [P16], GII .6 [P7], GII.3 [P16], GII.4 Sydney [PNA], GII.1 [Pg], GII.4 Sydney [P4 New Orleans] e GI.7 [P7]). Houve substituições de aminoácidos em proteínas: (i) polimerase GII.P16 de cepas que circularam em 2016 e 2017 em comparação com as sequências pré-2015 (disponíveis no GenBank); e em (ii) VP1 de GII.4 cepas Sydney associadas a GII.P16 (2016 e 2018) em comparação com aquelas associadas a GII.P31 antes de 2015. Diferentes variantes de GII.4 foram detectadas em todas as amostras de períodos de coleta, coincidindo com a circulação no mundo. O recombinante GII.4 Sydney [P31] foi o responsável pelo surto no hospital, que ocorreu no mesmo ano de sua primeira descrição no mundo. Nosso estudo mostra a grande diversidade genética de norovírus circulando em nossa área geográfica e destaca o relatório inédito do emergente GII.4 Sydney [P16] recombinante no Brasil.

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