Análise do desenvolvimento de senescência celular em linfócitos T durante a Leishmaniose cutânea localizada causada por Leishmania braziliensis.
Vitória

Nome: RÉGIA FERREIRA MARTINS FERRER
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/09/2019
Orientador:

Nome Papelordem crescente
DANIEL CLAUDIO DE OLIVEIRA GOMES Orientador

Banca:

Nome Papelordem crescente
DANIEL CLAUDIO DE OLIVEIRA GOMES Orientador
RODRIGO RIBEIRO RODRIGUES Examinador Interno
RICARDO PINTO SCHUENCK Examinador Interno
RODOLFO CORDEIRO GIUNCHETTI Examinador Externo
SANDRA LÚCIA VENTORIN VON ZEIDLER Examinador Externo

Resumo: A Leishmaniose é uma doença crônica que se apresenta em diferentes formas clínicas, dependendo dentro outros fatores, da espécie do parasita em associação com a condição imunológica do hospedeiro. A Leishamniose Cutânea Localizada (LCL) é a forma mais comum encontrada no mundo. Tendo em vista a importância da resposta imunológica mediada por células T no controle da infecção por L. braziliensis e na imunopatogênese da LCL, o objetivo do nosso trabalho foi caracterizar a senescência celular em linfócitos T de memória, bem como avaliar o perfil secretor e atividade funcional destas células e sua participação na imunopatogenese da LCL. Nossos resultados mostraram que linfócitos T de pacientes com LCL apresentam características de senescência celular como: aumento significativo na expressão de receptores extracelulares como KLRG-1 e CD57; ativação de vias intracelulares de sinalização como fosforilação da histona γH2AX e da proteína quinase p38; encurtamento de telômero e baixa expressão da enzima hTERT. Estes demonstraram também no grupo LCL, um acúmulo sistêmico de células T de memória efetora altamente diferenciadas com as características de senescência (TEMRA). Ademais, apesar dessas células apresentarem defeitos proliferativos, desenvolveram o fenótipo de perfil secretor associado à senescência (Senescence Associated Secretory Phenotype – SASP), com alto potencial efetor para a síntese das citocinas proinflamatórias TNF-α e IFN-γ. Além disso, observamos nas células senescentes dos pacientes, um significativo aumento na expressão de CLA, associado à capacidade de migração para o tecido cutâneo, bem como uma correlação positiva do acúmulo de células senescentes com o tamanho lesional. Portanto, pela primerira vez, nossos resultados mostraram o desenvolvimento de senescência celular em pacientes com LCL, cujo potencial inflamatório e de migração podem estar associados a imunopatogênese da doença. Estes achados podem contribuir na elaboração de tratamentos baseados em imunoterapia, como o bloqueio de receptores celulares e/ou via de sinalização, que possibilitam a retomada da capacidade proliferativa celular e a regulação do nível de citocinas próinflamatórias, bem como despontam novos biomarcadores que podem estar associados à gravidade da doença.

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