Prevalência de infecção por papilomavírus humano e perfil comportamental de mulheres soropositivas e soronegativas para HIV, atentidas em clínica de DST em Vitória, ES.

Nome: BETTINA MOULIN COELHO LIMA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/01/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANGELICA ESPINOSA BARBOSA MIRANDA Orientador
ELIANA M. AMARAL FREITAS DA SILVA Examinador Externo
PAULO ROBERTO MERÇON DE VARGAS Examinador Interno

Resumo: O HPV é considerado o principal vírus sexualmente transmissível e mulheres soropositivas para HIV apresentam maiores risco de infecção, de persistência e de progressão de lesões cervicais por HPV. Este estudo objetivou estudar a prevalência do HPV e seus genótipos em população de mulheres de 18 a 49 anos de idade, soropositivas e soronegativas para o HIV, atendidas em clínica de DST em Vitória-ES, como também avaliar os conhecimentos, atitudes e práticas destas mulheres com relação à sexualidade e às DST e Aids. Realizou-se estudo de corte transversal com mulheres atendidas no serviço de ginecologia do Centro de Referência em DST/Aids, no período de março a dezembro de 2006. Foi aplicado um questionário contendo dados sócio-demográficos, exposições e comportamentos, conhecimentos, atitudes e estratégias para prevenir DST e HIV. As participantes foram submetidas a: i) exame ginecológico para coleta de espécime para exames colpocitológico e pesquisa de HPV por PCR e ii) coleta de sangue para determinar sorologia para HIV. As amostras positivas para HPV foram genotipadas por PCR para tipos descritos como mais comuns. Participaram deste estudo 284 mulheres, sendo 112 (39,5%) soropositivas e 172 (60,5%) soronegativas para o HIV. DNA de HPV foi detectado em 46,8% (133/284) das mulheres, estando positivo em 56,2% (63/112) e 40,7% (70/172) do total das soropositivas e soronegativas para o HIV, respectivamente. Os genótipos de HPV nas amostras tipadas foram: 16 (21,9%), 6 (19,2%), 18 (9,6%), 11 (8,2%), 31 (13,7%), 33 (15,1%). Não foram determinados os genótipos de 45,1% das amostras (60/133). No modelo final de regressão logística, os fatores correlatos associados com a infecção por HIV foram: infecção por HPV, ter mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses, menor nível educacional e menos relato de DST prévia. O questionário para avaliação de conhecimentos, atitudes, práticas e história de violência doméstica e sexual foi respondido por 276 mulheres sendo 109 (39,5%) HIV positivas e 167 (60,5%) HIV negativas. Foi identificado nas mulheres soropositivas para HIV em relação às soronegativas: i) uso mais freqüente de preservativos (82,5% vs 59,3%), ii) menos história de DST (41,3% vs 64,1%) e, iii) menos história de medo de pegar Aids (38,5% vs 67,6%). História de violência devido a álcool foi relatada por 41,6% (115/276) e história de estupro foi relatada por 28,6% (79/276) das participantes. Em relação a prostituição, não houve diferença significativa entre os dois grupos. Mulheres soropositivas para HIV relataram menos freqüentemente que pedir a seus parceiros para usar preservativos demonstra falta de confiança quando comparadas com o grupo HIV negativo (31,2% vs. 41,9%, p=0,022). Elas usavam mais preservativos que o grupo HIV negativo (65,1% vs. 32,9%, p=0,000). A maior freqüência de respostas corretas com relação à transmissão de Aids foi a transmissão através da relação sexual (99,6%) e compartilhar seringas (99,2%) e a menos freqüente foi a doação de sangue (55,8%). Estes resultados mostram a alta prevalência de HPV em mulheres atendidas em clínica de DST, especialmente nas mulheres HIV positivas (p<0,05); mulheres em situação de vulnerabilidade social e nível de conhecimento não suficiente para percepção do risco, para adoção de mudança de comportamento e de práticas comportamentais mais seguras.
PALAVRAS-CHAVE: HIV, HPV, mulheres, conhecimento, práticas, comportamentos.

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