OCORRÊNCIA de Ehrlichia Spp., Anaplasma Spp., Babesia Spp., Hepatozoon Spp. e Rickettsia Spp. em Cães Domiciliados em Seis Municípios do Estado do Espírito Santo, Brasil

Nome: FERNANDA DE TOLEDO VIEIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 20/07/2017
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
REYNALDO DIETZE Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
REYNALDO DIETZE Orientador
MOISES PALACI Examinador Interno
KÊNIA VALÉRIA DOS SANTOS Examinador Interno
JONAS MORAES FILHO Examinador Externo
FABIO RIBEIRO BRAGA Examinador Externo

Resumo: Doenças transmitidas por carrapatos representam importante causa de morbidade e mortalidade em cães (Canis lupus familiaris) em todo o mundo, tendo o Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.) como vetor de vários agentes. É muito importante conhecer a prevalência destas doenças, seus vetores e hospedeiros com o objetivo de controlar e prevenilas em determinada região. Doenças transmitidas por carrapatos apresentam importância tanto para a Medicina Veterinária quanto para a Saúde Pública. Este trabalho tem como objetivo identificar e quantificar o percentual de infecção para Rickettsia spp., Ehrlichia spp., Babesia spp. e Hepatozoon spp. em cães domiciliados e identificar os carrapatos coletados nestes animais nos municípios de Santa Teresa, Colatina, Alegre, Vila Velha, Vitória e Serra. Participaram deste estudo 378 cães, 226 fêmeas e 152 machos, de diversas raças e idades (média de 4,1 anos) com ectoparasitismo (carrapatos) ou histórico de parasitismo recente (até 30 dias). Dos 378 cães examinados, 157 (41,53%) apresentavam carrapatos no momento da consulta os quais foram identificados como R. sanguineus s.l. em 154 animais (98,1%), Amblyomma ovale em um animal (0,63%) e Amblyomma sculptum em 2 animais (1,27%). Todos os animais examinados tiveram sangue total coletados para a realização de exames moleculares: PCR Real Time para Ehrlichia canis, PCR para Babesia spp., PCR para Hepatozoon spp. e PCR para Anaplasmataceae. No PCR Real Time específica para E. canis, 28 animais (7,4%) foram positivos. Para Anaplasmataceae, 34 animais (9%) foram positivos, dos quais 10 geraram sequências de DNA com 100% de similaridade com Ehrlichia canis e as outras 24 amostras geraram um fragmento com 100% de similaridade com Anaplasma platys. No PCR para Babesia spp., 5 animais (1,3%) foram positivos, gerando sequências de DNA 100% idênticas com Babesia vogeli. Por fim, 39 animais (10,31%) foram positivos na PCR para Hepatozoon spp., gerando sequências 100% idênticas a Hepatozoon canis. Observou-se co-infecção com 2 ou 3 agentes em 22 animais (5,8%). Dos 378 cães do estudo, 312 tiveram amostras de soro sanguíneo coletados para a realização de exames sorológicos: reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para E. canis, com reação positiva em 71 animais (22,75%) e para cinco espécies de Rickettsia (R. rickettsii, R. parkeri, R. amblyommatis, R. rhipicephali e R. bellii). Dos soros analisados por RIFI,16 animais (5,13%) apresentaram títulos ≥ 64 para pelo menos uma espécie de Rickettsia das cinco testadas, sendo que 5 (1,6%) destes apresentaram títulos ≥ 64 para R. rickettsii. Estes resultados indicam que alguns dos municípios estudados apresentam agentes transmitidos por carrapatos circulando na população canina, tais como E. canis, A. platys, B. vogeli, H. canis, e possivelmente Rickettsia sp. do grupo da febre maculosa.

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